Veja os fundos imobiliários recomendados pelo Itaú BBA para maio de 2025
Carteira de FIIs do banco para o mês está mais concentrada em fundos de ativos financeiros e de galpões logísticos
O Itaú BBA divulgou a sua seleção de fundos imobiliários recomendados para maio de 2025. O banco destaca em relatório, assinado pela analistas Larissa Nappo, que o mercado de FIIs manteve em abril a tendência de recuperação iniciada em meados de fevereiro.
Dessa forma, o Ifix encerrou o mês com alta de 3,0%. Já a Carteira Renda com Imóveis, do BBA, apresentou ganhos superiores ao índice, com avanço de 3,6% no período.
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“Olhando para a composição atual do Ifix, as melhores performances setoriais em abril, na média, vieram dos fundos de varejo (+5,69%), seguido pelos fundos híbridos (5,54%) e fundos de fundos (5,42%)”, detalha o texto do banco.
“Em contrapartida, os fundos de investimento imobiliários (FIIs) de ativos financeiros mostraram uma rentabilidade abaixo da média, com uma alta de 1,23%. Vale lembrar que os fundos de tijolo possuem uma maior sensibilidade aos movimentos da curva de juros, e estamos em um cenário de ajustes das expectativas”, acrescenta o documento.
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Fundos imobiliários hoje
Olhando para os próximos meses, o Itaú BBA segue com preferência pelos fundos de ativos financeiros este ano.
“No setor, observamos fundos com carteiras sólidas e, principalmente no caso dos high grades¸ apresentando atrativa relação risco x retorno, com rendimentos de 14% e portfólios sem registros de inadimplência”, aponta o relatório assinado por Larissa Nappo.
“Acreditamos que os fundos indexados à inflação são boas opções para compor um portfólio robusto e diversificado, assim como aqueles que são indexados ao CDI, que devem continuar distribuindo proventos altos, já que a Selic deve alcançar o patamar de 15,25% a.a. no fim do ano, conforme projeções do nosso time Macro”, prossegue.
Em relação aos fundos de tijolo, com a alta da taxa de juros, o Itaú BBA avalia que eles são os mais prejudicados. Mas o banco ressalta que o atual ciclo de aperto monetário está perto de acabar.
“A alta observada nos últimos meses reduziu o desconto dos fundos, fazendo com que o Ifix voltasse a negociar com um desconto menor que 10%. Sendo assim, ainda entendemos que o desconto atual não reflete o operacional dos fundos, que segue positivo, o que gera oportunidades para uma montagem de posição de longo prazo”, diz o relatório.
“Todavia, com a redução do desconto e diante do atual cenário macroeconômico, precisamos ter maior cautela ao realizar movimentos, entendendo que este é um cenário de volatilidade”, continua.
FIIs recomendados agora
Para maio, a carteira de fundos imobiliários recomendados pelo Itaú BBA está mais concentrada em fundos de ativos financeiros (KNCR11, KNUQ11, KNIP11 e HGCR11) e de galpões logísticos (BRCO11 e BTLG11).
A carteira é composta ainda de dois fundos híbridos (RBRP11 e KNRI11), que unem lajes corporativas e galpões logísticos em seus portfólios, e de um fundo de lajes corporativas (PVBI11).
“Para simplificar, colocamos o porcentual investido no RBRP11 como sendo de lajes corporativas e o porcentual investido em KNRI11 como sendo de galpões logísticos, considerando a maior exposição dos respectivos portfólios”, explica o BBA.
O restante do portfólio é dedicado a um fundo de renda urbana (HGRU11) e a dois ativos do setor de shopping centers (HSML11 e XPML11).
“Com a composição atual do nosso portfólio, a Carteira Renda com Imóveis apresenta dividend yield (retorno do dividendo) corrente de 11,3%, o que corresponde a um prêmio de 3,85 pontos porcentuais (pp) sobre o Tesouro IPCA+ 2035, e abaixo da média ponderada do dividend yield do Ifix, que está em 12,3%”, ressalta o relatório assinado por Larissa Nappo.
“Na escolha dos FIIs da nossa carteira, priorizamos ativos de elevada liquidez, gestão experiente e com portfólios de qualidade. Mantemos nossa perspectiva otimista para o mercado imobiliário no médio e longo prazo. Mesmo considerando o atual patamar da taxa de juros, avaliamos que os fundos imobiliários continuarão com uma boa relação de risco x retorno em comparação a outras classes de ativos. No entanto, incertezas no âmbito global e interno podem continuar trazendo volatilidade no curto prazo. Precisamos acompanhar de perto o movimento na curva longa de juros, que vem ditando o ritmo do mercado”, completa o texto da analista.