15 setores, 50 empresas: confira raio X do Itaú BBA antes de investir em crédito privado
Empresas brasileiras com papéis de dívida no mercado têm pela frente realidades muito distintas nos próximos trimestres. Para ajudar o investidor a entender as melhores chances de risco versus retorno, o Itaú BBA preparou relatório com um raio X setorial, detalhando a condição operacional e financeira das principais emissoras.
Setores e empresas para investir em crédito privado
O estudo mostra indicadores de endividamento e os principais pontos de preocupação do mercado para o médio prazo e que podem interferir na capacidade de pagamento de 50 companhias de 15 setores da economia, conforme a divisão que segue abaixo.
Ao clicar em cada setor, você terá acesso ao panorama específico apurado pelo banco de investimentos.
- Açúcar e etanol: FS Bio e São Martinho
- Concessão rodoviária: Arteris e Ecorodovias
- Educação: Yduqs e Cogna
- Energia elétrica: Alupar, Auren, CPFL, Eletrobras, Energisa, Eneva, Taesa, ISA Energia e Equatorial
- Imobiliário: Cyrela, Direcional, JHSF e MRV
- Locação de veículos: Movida e Localiza
- Mineração e siderurgia: CSN, Usiminas, Gerdau e Vale
- Óleo e Gás: Petrobras, PRIO, Ultra e Vibra
- Papel e Celulose: Klabin e Suzano
- Proteínas: JBS, BRF, Minerva e Marfrig
- Saneamento: Sabesp e Sanepar
- Saúde: Hypera, Oncoclínicas e Rede D’Or
- Shoppings: Allos, Iguatemi e Multiplan
- Transporte e logística: Hidrovias e Rumo
- Varejo: GPA, Carrefour, Assaí, Mercado Livre e Grupo Mateus
Assim, a Inteligência Financeira fez um resumo dos principais temas que o investidor de renda fixa deve considerar antes de decidir sobre alocação em papéis dessas companhias, considerando um cenário de longo prazo.
Segundo o banco, setores com maior geração de caixa, como o de proteínas, de papel e celulose, de saúde, de geração de energia e de transporte ferroviário, estão com níveis de endividamento menor. Em muitos casos, a conclusão de projetos relevantes deve permitir queda do investimento em 2025, reforçando a tendência de melhora.
Já em segmentos com investimentos ainda elevados, como o de concessões rodoviárias, de locação de veículos e de parte da logística, a alavancagem segue pressionada.
No varejo e no setor imobiliário, o cenário heterogêneo acarretou avanço de forma desigual dos índices de alavancagem entre as companhias. Enquanto isso, o negócio de shoppings vem tendo boa entrada de caixa e estrutura de capital equilibrada.
Setor elétrico enfrenta desafios
No setor elétrico, algumas distribuidoras enfrentaram desafios com aumento de custos e limitação de reajustes, enquanto as transmissoras seguiram com perfil estável.
A crescente geração distribuída afetou o desempenho de renováveis. Já em óleo e gás e siderurgia, importações foram o grande tema, com impactos sobre preços e margens. Enquanto isso, os segmentos de saneamento e saúde, com fluxos mais previsíveis, mostraram maior resiliência.
“À medida que 2025 se desenha com menor tração da atividade econômica, juros ainda elevados e fontes de financiamento mais seletivas, a diferenciação entre setores tende a se acentuar”, afirmou a equipe de renda fixa do Itaú BBA sob liderança de Lucas Queiroz.
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