Onde investir na renda fixa em abril? Especialistas indicam os melhores ativos

Após um bom desempenho em março, especialistas apontam os melhores investimentos para ter na carteira

Debêntures incentivadas estão entre os ativos indicados por especialistas para investir. (Foto: Getty Images)
Debêntures incentivadas estão entre os ativos indicados por especialistas para investir. (Foto: Getty Images)

O investidor que apostou na renda fixa em março colheu bons frutos. O cenário de juros elevados, combinado a uma redução na volatilidade do mercado, trouxe valorização para ativos atrelados à inflação e pós-fixados. Mas quais são os destaques para abril? Especialistas consultados pela Inteligência Financeira apontam o que deve permanecer no radar.

Juros futuros e NTN-Bs em alta

Março foi marcado por oscilações nas taxas futuras de juros, que chegaram a ceder mais de 50 pontos-base. A taxa do DI para janeiro de 2030 chegou a cair para 14,185% no dia 19 de março, mas fechou o mês de volta aos 14,89%, nível próximo ao do início do período.

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Essa movimentação impactou diretamente os títulos do Tesouro atrelados à inflação. “As NTN-Bs operaram em suas máximas históricas, o que ainda corrobora a alocação em investimentos de longo prazo”, explica Thauan Fonseca, especialista em crédito privado da Nova Futura Investimentos.

A alta das NTN-Bs também chamou atenção de Pedro Nery, especialista de investimentos do Grupo Fractal. Ele destaca que os papéis com vencimentos superiores a 2035 foram beneficiados pela queda nas expectativas de juros reais, gerando forte valorização no período.

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Pós-fixados lideram ganhos

O maior destaque de março foi a performance dos ativos pós-fixados, que acompanharam a elevação da Selic. “A nova alta da taxa básica de juros aumentou a atratividade dos investimentos atrelados ao CDI e ao Tesouro Selic”, explica Maria Luisa Paolantoni, analista de renda fixa da Nord Investimentos.

Essa tendência foi reforçada por Henrique Soares, planejador financeiro CFP pela Planejar. “Tesouro Selic, CDBs pós-fixados e fundos DI foram os ativos mais rentáveis do mês, refletindo o ambiente de juros elevados”, afirma.

Já os títulos prefixados e IPCA+ tiveram desempenho instável. “Eles enfrentaram maior volatilidade devido às oscilações nas projeções de juros, o que impactou a marcação a mercado”, complementa Soares.

Onde investir na renda fixa em abril?

Para abril, os especialistas recomendam uma postura equilibrada, mesclando ativos de curto e longo prazo. Segundo Pedro Nery, o crédito privado merece atenção.

“Debêntures de empresas sólidas nos setores de energia e saneamento continuam sendo boas opções para diversificação”, afirma. As principais apostas dos especialistas incluem:

  • Tesouro Selic e CDBs pós-fixados: continuam sendo boas opções para quem busca liquidez e proteção contra variações nos juros.
  • Fundos DI e Fundos de Crédito Privado: aproveitam o cenário de juros elevados e oferecem boas oportunidades.
  • Debêntures incentivadas: seguem atrativas pela isenção de IR e bons retornos. Entre as recomendações de Thauan Fonseca, estão: TRPLA7 (CTEEP) – IPCA + 6,50% ao ano, com vencimento em 2036; USCA22 (Usina Caeté) – 16,20% ao ano, com vencimento em 2031 e CRA Grupo JB (CRA02400ANS) – CDI + 2,00% ao ano, vencimento em 2030.
  • LCIs e LCAs pós-fixadas: combinam segurança com isenção fiscal e podem ser uma alternativa conservadora.
  • NTN-Bs de duration intermediária: títulos indexados à inflação seguem interessantes para quem busca juro real elevado.

Já Maria Luisa Paolantoni reforça a importância de manter liquidez no portfólio. “É interessante ter títulos de curto prazo para aproveitar a Selic elevada sem travar a carteira em prazos muito longos, caso a taxa de juros volte a cair”, sugere.

A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.

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