Elas conquistaram casa, carro, autonomia, estabilidade… e não vão deixar a renda fixa tão cedo

Em um momento em que a renda fixa voltou a brilhar entre investidores, algumas histórias mostram que ela nunca deixou de ser protagonista na prática. É o exemplo das investidoras Mônica Fagundes e Sarah Amaral, que mantêm há anos estratégias firmes baseadas nesse tipo de investimento. Com perfis diferentes, elas compartilham uma convicção em comum: a renda fixa não é apenas segura, mas também estratégica.
A escolha consciente da estabilidade
Com mais de duas décadas no mercado de trabalho, Mônica Fagundes construiu uma carreira sólida como diretora no setor de alimentos e agronegócio. Fora do ambiente corporativo, desenvolveu um portfólio estruturado, com mais de 90% do patrimônio alocado em renda fixa. É essa carteira que hoje sustenta sua renda mensal.
“Eu tenho um perfil conservador, sim. Mas isso não tem nada a ver com falta de conhecimento ou medo de investir. É uma escolha. A renda fixa me dá previsibilidade, controle de fluxo e permite manter minha renda mensal sem surpresas”, explica.
Mônica estrutura seus investimentos pensando no médio prazo: entre dois e três anos, no máximo cinco, para aproveitar a menor alíquota do Imposto de Renda e manter flexibilidade para reinvestir conforme o cenário muda. Na carteira, ela inclui CDBs, LCIs, CRIs, CRAs, Tesouro Selic, IPCA+, previdência privada e fundos com estratégia de renda fixa.
Apesar de ter uma pequena parcela em renda variável, ela faz questão de manter o foco. “É dinheiro de muito trabalho. Eu brinco que eu “não aposto com ele”. A renda variável pode oscilar, e tudo bem, desde que não afete minha renda mensal, que vem da renda fixa.”
Com essa base estratégica, Mônica realizou conquistas importantes como imóveis, carro, viagens e, mais recentemente, a possibilidade de pausar a carreira para pensar nos próximos passos. “Hoje eu tenho liberdade de escolher se volto ou não para o corporativo. Isso é autonomia. E veio da forma como invisto.”
Segurança como estratégia de vida
Sarah Amaral, que trabalha na área de educação financeira de uma cooperativa de crédito, começou a investir em 2020, e seu primeiro contato foi justamente com a volatilidade: ações, queda do mercado e perda de valor. Em vez de desistir, mergulhou nos estudos. “Aquilo me deu maturidade. Foi o que me impulsionou a entender melhor o mercado e encontrar meu próprio caminho como investidora.”
Aos poucos, ela estruturou uma carteira sólida, com predominância de renda fixa. Títulos públicos, CDBs, LCIs, LCAs, RDCs e fundos com essa estratégia formam hoje a base da sua segurança financeira. Isso se tornou ainda mais relevante com a chegada de uma nova fase: a maternidade.

Grávida do seu primeiro filho, ela afirma, com tranquilidade, que os investimentos em renda fixa dão a estabilidade necessária neste momento. Com eles, Sarah pode se planejar sem medo e encarar essa fase com mais confiança.
Além do planejamento familiar, ela já realizou outros objetivos com os investimentos, como trocar de carro, fazer viagens e manter uma reserva de emergência robusta. “Não abro mão da segurança. Mesmo com uma carteira diversificada, a renda fixa sempre vai ter um peso relevante.”
Renda fixa como meio para viver com mais liberdade
Sarah também criou o perfil Mulheres nas Finanças, voltado à educação financeira feminina. “A renda fixa costuma ser o primeiro passo de quem está começando. Mas mesmo depois que você amadurece como investidora, ela continua tendo um papel essencial, especialmente para quem valoriza autonomia e estabilidade.”
Mais do que uma escolha conservadora, a renda fixa tem sido para muitas pessoas uma ferramenta de realização de metas e construção de liberdade. Com disciplina e estratégia, as investidoras enxergaram na modalidade um meio para conquistar estabilidade e manter a autonomia financeira, mesmo em momentos de mudança.
“A lógica não é só rentabilidade máxima. É viver com liberdade, conforto e estabilidade financeira. É poder parar, respirar e escolher o que fazer com seu tempo”, resume Mônica.
Conheça também a história do casal que investiu na renda fixa para explorar a América do Sul.
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