Além do básico: como melhorar a carteira de renda fixa sem sair do perfil conservador?

Saiba como melhorar a estratégia de investimento com isenção de IR, diversificação e travamento de taxas atrativas

Com a taxa Selic ainda em um patamar elevado, muitos investidores conservadores encontraram na renda fixa um porto seguro e rentável. Mas o que fazer quando boa parte da carteira já está alocada nesse tipo de ativo? Como melhorar a carteira de renda fixa sem assumir riscos desnecessários?

A resposta pode estar em um ajuste fino: aproveitar a diversificação dentro da própria classe, buscar isenção de imposto e olhar além dos grandes bancos e do Tesouro Direto, sempre com atenção ao risco.

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Além do básico: diversificar sem sair da renda fixa

“O investidor conservador é avesso à volatilidade. Por isso, faz sentido buscar ativos que mantenham essa característica, mas tragam um retorno superior”, afirma Marcelo Milech, planejador financeiro CFP pela Planejar.

Segundo ele, uma das formas de melhorar a carteira de renda fixa é recorrer a produtos isentos de Imposto de Renda, como LCIs, LCAs, CRIs, CRAs e debêntures incentivadas, principalmente os indexados ao CDI.

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“Eles oferecem uma remuneração mais atrativa justamente por não sofrerem a mordida do Leão”, diz.

A diversificação também entra como ferramenta-chave. “Dentro da renda fixa, é possível mesclar produtos que se complementem: um CDB de banco médio com LCI, um RDC de cooperativa com uma debênture. Isso tudo mantendo a segurança do perfil conservador”, explica Maicon Ademir de Melo, consultor de investimentos do Sistema Ailos, formado por 13 cooperativas.

Rentabilidade com segurança: onde estão os erros mais comuns

O desejo de rentabilidades maiores pode levar o investidor conservador a cometer deslizes. Entre os principais riscos estão:

  • Liquidez: investir em ativos com vencimento longo sem avaliar as necessidades de curto prazo;
  • Crédito: confiar em emissores com baixo rating em troca de rentabilidade fora da curva;
  • Mercado: ignorar a marcação a mercado, que pode gerar perdas temporárias mesmo em ativos chamados de seguros.

“O erro mais comum é buscar retorno sem considerar o risco. Se um banco está pagando muito acima da média, é importante entender por quê. Pode ser sinal de maior risco de crédito”, alerta Maicon.

Para mitigar esses riscos, a dica é simples: diversificar entre emissores e prazos, usar as garantias disponíveis (como FGC) e não concentrar grandes quantias em uma única instituição financeira.

Como melhorar a carteira de renda fixa com taxas atrativas

Além de escolher ativos com isenção de IR, uma forma de ganhar eficiência é travar taxas atrativas em títulos prefixados, mas com cautela. “O investidor conservador pode começar a olhar para prefixados, desde que entenda o funcionamento. Ao travar a taxa, ele garante um bom rendimento caso os juros caiam, mas assume o risco de perder se os juros subirem ainda mais”, explica Maicon.

Marcelo concorda, mas pondera. Para o conservador típico, o prefixado não é o mais indicado, já que ele traz volatilidade nos preços com a oscilação dos juros futuros. “Nesse caso, o ideal é manter foco em ativos atrelados ao CDI ou IPCA, com baixa exposição ao risco de mercado.”

O papel da estratégia e do prazo

Melhorar a carteira de renda fixa também passa por saber dosar o tempo do investimento. Um mesmo ativo pode oferecer retornos muito diferentes dependendo do prazo de resgate.

“Quando alongamos o vencimento de um CDB, por exemplo, aumentamos a rentabilidade sem mudar o risco. A lógica é simples: o investidor empresta o dinheiro por mais tempo e, em troca, recebe mais”, diz Maicon.

Mas ele reforça que esse movimento precisa respeitar o planejamento financeiro, com uma reserva de emergência bem estruturada antes de qualquer travamento de prazo.

A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.


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