Renda passiva com imóveis ou investir em fundos imobiliários? Veja a conta do Santander

A dúvida deve ser comum: construir renda passiva com imóveis ou optar por bons fundos imobiliários? Confira a resposta a seguir
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  • Relatório do Santander compara renda passiva ao investir em imóveis e fundos imobiliários (FIIs);
  • Simulação com R$ 500 mil: FIIs superam imóveis em rentabilidade;
  • FIIs, com reinvestimento, rendem R$ 225 mil em 3 anos; imóveis, R$ 87 mil a R$ 91 mil;
  • Apesar da vantagem dos FIIs, o relatório alerta para riscos como desvalorização e liquidez;
  • O estudo considera fatores como impostos, mas não custos extras em imóveis (reformas etc.)
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Empresas citadas na reportagem:

Embora não exista dado confirmando, a dúvida deve ser comum: renda passiva com imóveis ou com fundos imobiliários? O Santander emitiu relatório nesta quarta-feira (25) em busca precisamente desta resposta.

O documento, assinado por Flávio Pires, mostra passo a passo as contas que o especialista fez para chegar a resposta. E aqui não cabe spoiler: na conta do Santander, o investimento em fundo imobiliário vence.

A premissa inicial que consta do relatório é a seguinte: o investidor tem à disposição R$ 500 mil e o prazo de análise dos investimentos é de 3 anos (veja mais detalhes na tabela no fim desta reportagem).

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Quanto o investidor ganha apostando em imóvel?

Neste caso, o banco considerou a rentabilidade bruta de 0,49% ao mês. Aqui, a renda mensal bruta seria de R$ 2.433. Mas há a incidência de Imposto de Renda (neste exemplo a alíquota é de 7,5%). Assim, o retorno líquido do investimento em imóvel seria de R$ 2.251. O retorno acumulado em três anos seria de R$ 581 mil.

O Santander adverte que não considerou, por exemplo, a taxa de registro do imóvel e eventuais reformas e adequações da suposta casa ou apartamento.

E o investidor que optar pelos fundos imobiliários?

Para checar a um número passível de comparação, o Santander formou uma carteira hipotética com cinco fundos imobiliários. E distribuiu o valor de R$ 500 mil igualmente entre eles. Os fundos escolhidos foram: MCCI11, CVBI11, GARE11, XPML11 e KNHF11. O banco justifica a escolha.

  • Portfólios com bons ativos, o que possibilita previsibilidade;
  • Liquidez em bolsa superior a R$ 1,5 milhão por dia;
  • Gestão dos fundos é profissional e experiente;
  • Há desconto em bolsa em relação ao valor patrimonial.

O resultado obtido mostra que o patrimônio inicial de meio milhão de reais seria de R$ 687 mil em três anos, caso não ocorresse o reinvestimento dos valores. O acúmulo no período seria de R$ 187 mil. Com reinvestimento, os valores sobem para R$ 725 mil e R$ 225 mil, respectivamente, no mesmo período.

A tabela abaixo, preparada originalmente pelo Santander, resume as simulações. Confira:

Descrição geral*Imóvel PL**Imóvel PB**FIIs sem reinvestirFIIs reinvestidos
InvestimentoR$ 500 milR$ 500 milR$ 500 milR$ 500 mil
Retorno: 3 anosR$ 87 milR$ 91 milR$ 187 milR$ 225 mil
Patrimônio***R$ 587 milR$ 591 milR$ 687 milR$ 725 mil
Fonte: Santander; (*) Retorno estimado FII: yield de 12,4% em 12 meses ou 1,04% ao mês. Retorno estimado do imóvel: rentabilidade FIPE Zap locação de fevereiro de 2025: 5,84% ou 0,49% (bruto); (**) PL = patrimônio líquido e PB = patrimônio bruto; (***) Patrimônio leva em conta o valor investido mais a renda.

Fundo imobiliário requer cuidado

Até pela natureza tradicional do investimento em imóveis, é certo que quem compra uma casa ou apartamento pensando em renda passiva conhece os riscos envolvidos. No caso dos fundos imobiliários, não é bem assim. Por isso, ao optar por esse investimento, a pessoa deve saber que há riscos envolvidos.

O primeiro é o mais óbvio: você investe em um imóvel mas não tem a posse do mesmo. Mas há outros, descritos pelo próprio relatório do Santander. Os fundos são negociados em bolsa e por isso pode haver desvalorização e há sempre o risco de liquidez – dificuldade de vender o título ou ter de se desfazer dele por um valor considerado baixo.

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