Drex paralelo, stablecoin de real, já movimenta R$ 1 bi com ajuda dos fundos de investimento

Enquanto o DREX não chega, João Zecchin, da Transfero, vai engordando o cofre com sua BRZ, a versão em criptomoeda do real atualmente mais líquida do mercado.

A moeda, uma stablecoin pareada na proporção de 1 para 1 com a divisa oficial do Brasil, movimenta atualmente quase R$ 1 bilhão por mês na blockchain, valor bastante próximo da capitalização do token.

Segundo o empresário, o próprio DREX oficial, ainda em processo de estruturação, é o principal garoto-propaganda para o seu negócio.

O barulho em torno da tecnologia, disse, abriu os olhos dos investidores do atacado, como os fundos de investimento, para as possibilidades de uma stablecoin de real. Nos últimos tempos, a procura pela cripto dentro desse segmento cresceu.

“Hoje, a gente opera cerca de cerca de US$ 170 milhões (R$ 964 milhões, na cotação do dia) por mês”, contou à Inteligência Financeira.

“O mercado (de investidor) institucional começou a ter um interesse muito grande por essas soluções de stablecoins porque ela é uma proxy muito perto do que aconteceria com o Drex”, afirmou o sócio da Transfero, responsável pela vertical de stablecoins da empresa.

Zecchin participou da terceira edição do Web Summit Rio 2025, evento de tecnologia e inovação que aconteceu nesta semana, na zona oeste da capital fluminense.

Saldo em real

No varejo, por sua vez, a stablecoin é usada principalmente como uma porta de acesso ao mercado cripto.

“Quando você vai depositar um dinheiro numa corretora, quer ficar inicialmente com uma moeda que você depositou. Você não quer um câmbio automático, por exemplo, que nunca vai ser um negócio favorável. O BRZ serve como essa ferramenta para você ter um saldo em moeda digital na corretora”, explicou.

CDB cripto

Basicamente, a BRZ é uma ferramenta de alto fluxo. Para manter o investidor mais tempo com a moeda na mão, uma das apostas da Transfero vem do mercado de DiFi.

O empresário contou que opera um mecanismo staking, nome que se dá ao incentivo para depósitos em criptomoedas com remuneração definida, exatamente como a renda fixa.

“A gente tem um protocolo de staking hoje que você recebe o CDI, 100% CDI, com liquidez instantânea”, explicou. É o CDB com liquidez diária, em cripto.