Bitcoin sobe e tenta retomar US$ 80 mil após negociar a menor preço desde novembro

Mercado vive mais um dia de possível volatilidade com a ameaça de Trump taxar a China em 50% adicionais caso o país asiático não recue na imposição de tarifas retaliatórias de 34%
🤖 Leia o resumo feito pelo Flash, nossa ferramenta de Inteligência Artificial
  • O Bitcoin (BTC) registra alta após fortes quedas, buscando retomar US$ 80 mil.
  • A alta segue incertezas macroeconômicas e ameaça de novas tarifas entre EUA e China.
  • Apesar da recuperação, volatilidade permanece, com possibilidade de novas oscilações.
  • Ether também sobe, enquanto ETFs de Bitcoin registraram vendas líquidas negativas.
  • Analistas apontam acúmulo de Bitcoin em preços mais baixos, mas mantêm alerta sobre o mercado.
LER RESUMO

O bitcoin (BTC) opera em alta nesta terça-feira (8) e tenta uma recuperação depois da forte queda dos dias anteriores, quando as criptomoedas foram duramente penalizadas pelas incertezas no cenário macroeconômico. Isso não significa, contudo, que os desafios no noticiário estejam superados.

Ao contrário, hoje é mais um dia de possível volatilidade com a ameaça do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de taxar a China em 50% adicionais caso o país asiático não recue na imposição de tarifas retaliatórias de 34% até o meio dia de hoje (13h no horário de Brasília).

Na véspera, a maior das criptomoedas chegou a ser negociada nos US$ 76 mil, em sua menor cotação desde novembro do ano passado.

A alta liquidez do mercado cripto, que opera 24 horas por dia e sete dias por semana, costuma deixá-lo mais vulnerável a grandes movimentos de aversão a risco.

Como estão as cotações dos criptoativos?

Perto das 10h48 (horário de Brasília), o bitcoin sobe 4,1% em 24 horas, cotado a US$ 79.865 e o ether, moeda digital da rede Ethereum, tem alta de 4,3% a US$ 1.570, conforme dados do CoinGecko.

O valor de mercado somado de todas as criptomoedas do mundo atualmente é de US$ 2,62 trilhões.

Em reais, o bitcoin avança 3,7% a R$ 470.423, de acordo com valores fornecidos pelo Cointrader Monitor.

Entre as altcoins (as criptomoedas que não são o bitcoin), o XRP, token de pagamentos internacionais da Ripple, dispara 8,8% a US$ 1,96.

Já a solana tem alta de 7,7% a US$ 110,64 e o BNB (token da Binance Smart Chain) avança 1,5% a US$ 562,14.

Nos fundos negociados em bolsa (ETFs) de bitcoin à vista que operam nas bolsas americanas, foi registrado ontem um saldo líquido negativo de US$ 103,9 milhões.

O principal responsável pelo resultado foi o GBTC, da Grayscale, com US$ 74 milhões de excesso de vendas de cotas em relação às compras.

Não houve saldo relevante entre os ETFs de ether.

O que dizem os analistas?

Segundo Beto Fernandes, analista da Foxbit, os fortes recuos estão servindo para que alguns players acumulem bitcoin e ações a preços mais baixos, porém ainda há muito estresse no mercado.

“De um lado, há um grupo de países dispostos a conversar e negociar uma flexibilização tarifária com Donald Trump. Do outro, a China já retaliou as taxas americanas, enquanto há indícios de que a União Europeia vá seguir pelo mesmo caminho, mesmo que de forma mais branda”, avalia.

Usando análise técnica, Guilherme Prado, country manager da Bitget, diz que o bitcoin está em uma zona potencial de liquidação, de modo que uma queda para US$ 79.520 pode desencadear mais de US$ 101 milhões em liquidações acumuladas de posições compradas.

Ao mesmo tempo, Prado destaca que uma alta para cerca de US$ 81.504 pode levar a mais de US$ 157 milhões em liquidações acumuladas de posições vendidas.

*Com informações do Valor Econômico

Leia a seguir

Pular para a barra de ferramentas