Itaú vê Copom entre pausa no ciclo e nova alta de 0,25 ponto da Selic
Banco avalia que discussão sobre um eventual ciclo de afrouxamento da Selic pode ser antecipada
O Copom entregou a decisão esperada ao elevar a taxa Selic em 0,50 ponto percentual, de 14,25% para 14,75% ao ano. Essa é a avaliação de Mario Mesquita, economista-chefe do Itaú Unibanco.
“A projeção de inflação para o horizonte relevante de política monetária (4T26), em 3,6%, ainda distante da meta, foi provavelmente o principal fator por trás dessa decisão”, escreve Mesquita em relatório.
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Sobre o comunicado, o economista-chefe do Itaú avalia que o Copom sinalizou que o ciclo de alta da Selic pode ter sido pausado.
“Importante destacar que a avaliação das autoridades sobre os possíveis efeitos da mudança no ambiente externo as levou, em nossa visão, a estabelecer uma barra relativamente alta para um novo ajuste da Selic – ao adotar a perspectiva de que o balanço de riscos em torno do cenário central é simétrico”, explica no texto divulgado pelo banco.
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Manutenção ou nova alta da Selic?
Na sequência do relatório, Mario Mesquita destaca que o Copom afirmou que a condução da política monetária demanda cautela adicional. Isso diante da elevação da incerteza, da fase avançada do ciclo e dos efeitos defasados das decisões anteriores.
“Sinalizando que, caso haja um novo aumento, este provavelmente ocorrerá em um ritmo mais lento, de 25 pontos-base. Em suma, o comitê indica que está virtualmente operando em um modo de juros altos por tempo prolongado”, considera o economista-chefe do Itaú.
Apesar da aparente escolha por uma estratégia de juros elevados por tempo prolongado, dado o tom levemente mais brando do comunicado do Copom, Mario Mesquita avalia que a discussão sobre um eventual ciclo de afrouxamento da Selic pode ser antecipada pelo mercado e até mesmo pelo Itaú.
“O consenso atual projeta um corte de 25 pontos-base na última reunião de 2025; vemos esse movimento na primeira reunião de 2026. Como de costume, entenderemos mais do racional do Copom com a divulgação da ata da reunião na terça-feira, dia 13, quando poderemos reavaliar nosso cenário para a política monetária”, completa Mesquita no relatório.