Copom eleva taxa Selic para 14,75% ao ano, maior nível desde 2006

Alta de 0,50 ponto percentual já era esperada pelo mercado financeiro

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) elevou nesta quarta-feira (7) a taxa Selic em 0,50 ponto percentual, de 14,25% para 14,75% ao ano. Com isso, o juro básico da economia brasileira subiu ao maior nível desde julho de 2006.

Essa medida tende a encarecer o custo dos empréstimos, esfriando o ritmo de atividade econômica, como parte dos esforços do BC para reduzir a inflação.

Pensando em como gastar menos para investir mais? Inscreva-se agora e tenha acesso gratuito à 'Planilha de Controle Financeiro'. É só baixar e começar!

Com a inscrição você concorda com os Termos de Uso e Política de Privacidade e passa a receber nossas newsletters gratuitamente

Foi a sexta alta consecutiva da Selic desde setembro de 2024, quando a taxa estava em 10,50% anuais. A decisão unânime do Copom veio em linha com a expectativa majoritária dos economistas.

O colegiado indicou que irá adotar “cautela adicional” na sua próxima reunião, que acontece nos dias 17 e 18 de junho.

Últimas em Selic

Atividade econômica ainda resiliente

O Copom justificou a alta da Selic apontando que os indicadores de atividade econômica e do mercado de trabalho ainda apresentam dinamismo, ‘mas observa-se uma incipiente moderação no crescimento’.

Nas divulgações mais recentes do BC, a inflação cheia e as medidas subjacentes mantiveram-se acima da meta para a inflação, de 3%.

As expectativas de inflação para 2025 e 2026 apuradas pela pesquisa Focus situam-se em 5,5% e 4,5%, respectivamente.

A projeção de inflação do Copom para o ano de 2026, atual horizonte relevante de política monetária, situa-se em 3,6%.

Copom adota tom de cautela para próxima reunião

O BC anunciou cautela adicional para sua próxima reunião, considerando o ambiente de incerteza no cenário econômico e o estágio avançado do ciclo de ajuste da política monetária.

“Para a próxima reunião, o cenário de elevada incerteza, aliado ao estágio avançado do ciclo de ajuste e seus impactos acumulados ainda por serem observados, demanda cautela adicional na atuação da política monetária e flexibilidade para incorporar os dados que impactem a dinâmica de inflação”, disse o Copom, em comunicado.

O colegiado avisa ainda que “se manterá vigilante e a calibragem do aperto monetário apropriado seguirá guiada pelo objetivo de trazer a inflação à meta”.

A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.

Mais em Copom


Últimas notícias

VER MAIS NOTÍCIAS