Saúde mental e produtividade: fazer pausas conscientes no trabalho tem impacto positivo

Há quem ache que trabalhar longas horas sem sair da frente do computador é sinônimo de produtividade. No entanto, um estudo conduzido pela Universidade do Estado da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, e publicado pela “Science Daily”, aponta que fazer pequenas pausas durante o expediente ajuda a manter os níveis de energia altos e, por consequência, ter um melhor desempenho e engajamento no trabalho.
Como organizar essas pausas em um dia atribulado? A empresa com foco em saúde mental corporativa Mental Clean, em parceria com a consultoria especializada em atividades físicas ocupacionais Laboral Ativa, tem desenvolvido esse tipo de iniciativa em cinco diferentes corporações no Brasil ao promover a adoção de “pausas ativas”. “Esse tipo de pausa potencializa a atividade produtiva. Pudemos observar um aumento de 78% da vitalidade diária”, explica Daniel Sandy, CEO da Laboral Ativa.
A proposta é fazer pausas na rotina com duração de três a cinco minutos, associadas a movimentos de intensidade leve a moderada. O exercício deve ser feito de duas a seis vezes ao dia, em pé.
O que, de fato, conta como pausa ativa?
Segundo Fátima Macedo, CEO da Mental Clean, qualquer atividade que seja confortável para o corpo é válida, como andar, subir escadas, dançar, regar plantas, brincar com o filho, fazer polichinelos, alongamentos, praticar agachamento ou exercícios leves para a coluna.
E como os gestores podem estimular suas equipes a levantar da cadeira e colocar o corpo em movimento durante as jornadas de trabalho?
“O líder é peça fundamental na mudança de hábito e, por isso, precisa ser o primeiro a praticar e encorajar seus times a fazer pausas ativas a cada uma ou duas horas”, aconselha Macedo. Ela sugere, também, que sejam criadas faixas de horário e alertas para pausas individuais ou coletivas, além de análises de antes e depois da prática para mensurar resultados.
“Mudanças simples podem ser feitas, como combinar pausas no início de reuniões longas e cumpri-las. Ou tentar fazer encontros mais curtos, para que se tenha um intervalo entre um compromisso e outro. Defendo muito a ideia de que o que se resolve em uma hora é possível resolver em 50 ou 45 minutos”, completa.
Leia a seguir