Simone Tebet aceita ser ministra do Planejamento e ficará com PPI
Senadora, aliada importante de Lula no segundo turno das eleições, enfrentou resistência do PT para assumir pasta na área social

A senadora Simone Tebet (MDB-MS) aceitou o convite para ser ministra do Planejamento do governo Lula, informaram integrantes do MDB ao JOTA. Ela se reunirá com o presidente eleito nesta terça-feira (27) para formalizar o aceite ao convite.
Para convencer a ex-candidata à Presidência foi oferecido que o Programa de Parcerias e Investimentos (PPI) ficará ligado à pasta — a ideia inicial era vincular o órgão à Casa Civil. O futuro ministro da pasta, Rui Costa, já tinha até anunciado para a função o nome de Marcus Cavalcanti, secretário de Infraestrutura da Bahia.
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Inicialmente, Tebet havia demonstrado interesse em assumir uma pasta na área social, mas enfrentou resistências do PT, partido do presidente eleito.
Terceira colocada no pleito presidencial, Simone Tebet teve a preferência de 4.915.423 eleitores, o que correspondeu a 4,16% dos votos válidos. Ao lado de Marina Silva, que deve ser nomeada ministra do Meio Ambiente, a senadora foi uma aliada importante no segundo turno das eleições. Ela se tornou um símbolo da frente ampla que congregou críticos a Lula e ao PT para impedir a reeleição de Jair Bolsonaro.
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“Ainda que mantenha as críticas que fiz a Lula, depositarei nele o meu voto, porque reconheço nele o compromisso com a democracia e a Constituição, o que não vejo no outro candidato”, disse ela em pronunciamento na quarta-feira seguinte ao primeiro turno.
“O que está em jogo é muito maior do que cada um de nós. Votarei com a minha razão de democrata e minha consciência de brasileira. Omitir-me seria trair minha trajetória de vida pública. Agora, não cabe a omissão da neutralidade”, afirmou na ocasião.
Depois disso, Tebet se engajou na campanha, tanto virtualmente quanto presencialmente. Ela foi, inclusive, a Minas Gerais, estado crucial para a eleição presidencial, pedir votos para Lula. O presidente eleito teve 50,2% dos votos válidos no estado.