Lula fala em ‘bravatas’ de Trump e promete ‘reciprocidade’ se os EUA taxarem o Brasil
Para o presidente Brasil, 'ninguém pode ameaçar todo mundo o tempo inteiro'

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) subiu o tom na manhã desta quarta-feira (5) e disse ser “importante que a gente não fique dependente das bravatas do (presidente dos EUA, Donald) Trump”.
Em duras críticas a recentes falas do republicano Donald Trump, Lula disse que o presidente dos EUA “fez a campanha dele assim”, com “bravatas”. “Ele agora já tomou posse e anunciou ocupar a Groelândia, anexar o Canadá, mudar o nome de Golfo do México para Golfo da América, e reocupar o Canal do Panamá”.
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“Ninguém pode viver o tempo todo de bravata. Ninguém pode ameaçar todo mundo o tempo inteiro”, criticou Lula.
Brics e a relação com os EUA
Então, em entrevista a rádios de Minas Gerais, Lula comentou que os Brics “significam quase metade da população mundial e nós temos direito de discutir uma forma de negociação que a gente não fique dependente só do dólar”.
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“Os EUA também precisam do mundo. Também precisam conviver harmonicamente com o Brasil, México, China”, declarou Lula durante a entrevista.
Segundo Lula, os EUA não podem, agora, “mudar repentinamente” do país que vendia a ideia da paz “para o país que venda a ideia da provocação, da discordância”.
O presidente brasileiro voltou a dizer também que a relação com os Estados Unidos “é muito boa, é de quase 200 anos”. Isso ao citar principalmente as relações de comércio entre os países.
Eventuais tarifas de Trump contra o Brasil
Ainda na entrevista, Lula voltou a dizer que o Brasil irá usar da “reciprocidade”. Caso a gestão do presidente norte-americano Donald Trump decida sobretaxar produtos brasileiros. Assim como já aconteceu com China, Canadá e México.
Na avaliação de Lula, se isso acontecer, “o mínimo” que o governo brasileiro irá fazer é também taxar os produzidos dos Estados Unidos que são importados pelo Brasil.
“É lógico [que o Brasil avalia taxar os EUA se houve sobretaxa aos produtos brasileiros]. O mínimo de decência que cabe a um governo é usar da reciprocidade.”
“Para nós, seria importante os EUA baixar a taxação e nós baixarmos também. Mas se eles usarem a taxação, nós vamos usar a taxação também. É simples e democrático”, disse o presidente da República, em entrevista a rádios de Minas Gerais.
Com informações do Valor Econômico