Haddad sobre tarifaço: ‘Coisas mudam a cada 24 horas’ e Lula recomendou ‘muita prudência’

O ministro da Fazenda afirma que a situação é volátil e que o Brasil prefere o diálogo com os EUA sobre as novas tarifas impostas por Trump

Foto: Valor Econômico
Foto: Valor Econômico

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (10) que ainda não é possível fazer uma avaliação criteriosa sobre o impacto do tarifaço promovido pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, porque “as coisas mudam a cada 24 horas”.

Ele reforçou que a opção do Brasil, neste momento, é optar pelo diálogo com o governo norte-americano.

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“Não há uma diretriz clara e as pessoas estão com muita insegurança sobre o que está acontecendo com o governo dos Estados Unidos. Não é possível, nesses poucos dias transcorridos, fazer uma avaliação criteriosa”, avaliou Haddad a jornalistas.

Trump anunciou ontem uma pausa de 90 dias no tarifaço promovido. Com isso, os países ficaram com uma taxa de 10%, à exceção da China.

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Lula recomendou ‘muita prudência’

Segundo Haddad, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está “recomendando muita prudência” sobre o assunto.

“Os canais diplomáticos estão abertos, as conversas com o governo dos Estados Unidos estão acontecendo, sobretudo com o secretário que cuida do comércio exterior, isso está em curso”, explicou o ministro.

“Nós temos que aguardar o posicionamento final para saber como proceder, mas o mais importante é que nós temos relações históricas de negociação com os Estados Unidos e nós estamos na mesa já há algumas semanas dialogando e eu penso que, em relação ao Brasil, o que aconteceu já faz parte da atuação da boa diplomacia brasileira”, diz Haddad, ao se referir ao fato de o Brasil ter sido taxado inicialmente em 10%, enquanto a maioria dos demais países teve taxas mais altas.

Haddad diz que governo mantém canais abertos com os EUA

Questionado se a mudança na política comercial americana representa uma oportunidade para o Brasil ampliar as suas relações comerciais, Haddad respondeu que o governo Lula já faz isso desde o primeiro dia de governo.

“Os nossos canais estão abertos e nós sempre deixamos claro para o governo dos Estados Unidos que o Brasil não pode se ver, pela sua dimensão, como anexo de um dos três blocos, porque nós temos comércio crescente com os três blocos econômicos”, explicou Haddad.

“Nós vamos sempre investir, na política e na economia, no multilateralismo. Esse tem sido o mantra do presidente Lula, investir no multilateralismo, não se fechar, ampliar os horizontes de cada país por meio de medidas multilaterais”, completou.

*Com informações do Valor Econômico

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