Guedes sob pressão: Centrão cobra solução rápida para alta dos combustíveis
De olho na reeleição, ala política do governo tem pressa

O ministro da Economia, Paulo Guedes, está sendo pressionado por integrantes do Centrão para apresentar medidas que poderiam aliviar o bolso da população. Segundo a coluna do Lauro Jardim, no jornal O Globo, de Arthur Lira (presidente da Câmara) a Ciro Nogueira (ministro da Casa Civil) a cobrança é para que Guedes defina até a semana que vem uma solução para segurar a alta dos preços dos combustíveis.
Diz um representante do bloco. “Tem que ser já. Para que dê tempo de o resultado ser sentido pela população.”
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Nas reuniões no Palácio do Planalto, Guedes repete uma espécie de mantra. Tem dito que soluções mágicas, fora do receituário liberal, “podem resultar em mais inflação, na alta do dólar e podem explodir tudo”. E o resultado, de acordo ainda com um integrante da ala política do governo, é que “o Bolsonaro está paralisado”, pois teme confrontar o seu ministro da Economia.
O colunista relatada que, nesta semana, foi realizada uma reunião no Palácio do Planalto para debater o assunto ou, mais precisamente, a decretação de um estado de calamidade no Brasil, como defende o Centrão, o que facilitaria a adoção de medidas que furassem o teto de gastos, por exemplo.
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Participaram dela Jair Bolsonaro, Guedes, Ciro Nogueira, Adolfo Sachsida, Bruno Bianco e Celio Faria Júnior. Guedes, novamente, conseguiu impor o seu ideário. Ou seja, nada de decretação de estado de calamidade.
Um ministro de Bolsonaro afirma que o presidente está diante do “paradoxo de Guedes”. “O Paulo Guedes insiste num liberalismo radical pelos próximos quatro meses. Mas só que isso vai banir o liberalismo do Brasil pelos próximos quatro anos, por que vai eleger o Lula.”
Irritado, um assessor lotado no Palácio do Planalto cobra. “Tudo bem, o Paulo Guedes já disse o que não pode fazer na opinião dele. Mas ele tem que dizer o que tem que ser feito para melhorar essa situação logo.”