Carlos Lupi deixa o Ministério da Previdência após investigação de fraudes no INSS

O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, informou através da rede social X que pediu demissão do cargo em reunião realizada nesta tarde com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O Palácio do Planalto informou, por meio de nota, que o atual secretário-executivo da pasta, Wolney Queiroz, assume a chefia do ministério.
“Entrego, na tarde desta sexta-feira (2), a função de Ministro da Previdência Social ao Presidente Lula, a quem agradeço pela confiança e pela oportunidade. Tomo esta decisão com a certeza de que meu nome não foi citado em nenhum momento nas investigações em curso”, escreveu Lupi.
“Faço questão de destacar que todas as apurações foram apoiadas, desde o início, por todas as áreas da Previdência, por mim e pelos órgãos de controle do governo Lula. Espero que as investigações sigam seu curso natural, identifiquem os responsáveis e punam, com rigor, aqueles que usaram suas funções para prejudicar o povo trabalhador”, completou o presidente licenciado do PDT.
Fraudes no INSS
A saída de Lupi já era prevista, devido à crise causada pela “Operação Sem Desconto”, deflagrada pela Polícia Federal (PF), que identificou um esquema, com participação da cúpula do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), para fraudar aposentados e pensionistas.
No último dia 23, o então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi demitido por determinação de Lula. Ele era o braço-direito de Lupi.
Na quarta-feira (30), Lula nomeou o procurador federal Gilberto Waller Júnior para o cargo, nome que foi escolhido sem a participação do ministro da Previdência, o que, na visão de interlocutores, já demonstrava que não havia clima para Lupi permanecer no cargo.
Com informações do Valor Econômico
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