Vale (VALE3) quer economia de 30% com estratégia de máquinas e veículos autônomos

Empresas citadas na reportagem:
A mineradora Vale (VALE3), que reportou lucro 17% menor no primeiro trimestre de 2025, quer usar equipamentos autônomos para cortar custos da operação e, assim, melhorar resultado do negócio e agradar o investidor.
Desde o início do processo de autônomos até 2024, a empresa aportou cerca de US$ 210 milhões para que equipamentos como caminhões e perfuratrizes, dentre outros, passassem a funcionar de forma autônoma. Para este ano, a previsão é de investimentos de aproximadamente US$ 50 milhões na tecnologia.
Segundo a Vale, a economia com a estratégia de equipamentos autônomos pode chegar a 30%, se comparado ao custo de uma operação tradicional, com equipamentos dirigidos por humanos.
Quem revelou o percentual e reforçou a aposta na operação remota é o vice-presidente técnico da Vale, Rafael Bittar.
O executivo participou nesta segunda-feira (28) do Web Summit Rio 2025, evento de tecnologia e inovação que acontece na zona oeste do Rio de Janeiro, e conta com a cobertura in loco da Inteligência Financeira.
“A gente vem reduzindo custo com o uso desses equipamentos autônomos, com bons resultados, seja de eficiência, seja de disponibilidade de frota. A economia chega a ser de 30%”, afirma Bittar.
Atualmente, segundo a empresa, a Vale conta com 89 autônomos em operação no Brasil. A maior parte são de máquinas de pátio, que operam no Pará, Maranhão, Espírito Santo, Minas Gerais e no estado do Rio.
Mas há também 30 caminhões, que operam exclusivamente dentro das Minas, além de 25 máquinas perfuratrizes.
“(A adoção de equipamentos autônomos) já é uma realidade na Vale. Esse é um caminho sem volta, a gente quer aumentar cada vez mais”, conta.
O ponto de atenção, diz o executivo, fica com o processo de adoção da nova tecnologia.
“Isso precisa ser bem planejado. Tem de preparar a mina para receber os autônomos. Se não, você não captura toda a eficiência”, destaca.
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