Agentes autônomos serão a próxima revolução da IA, diz CTO da Loft

Se em 2023 a inteligência artificial generativa dominou o noticiário, 2025 promete ser o ano dos agentes autônomos. Pelo menos é essa a aposta de Luis Bitencourt-Emilio, CTO da Loft, startup brasileira que atua no mercado imobiliário e faz parte do clube dos ‘Unicórnios’.
Esses sistemas, programados para agir com mínima intervenção humana, são capazes de receber instruções, realizar tarefas de forma independente e continuar operando 24 horas por dia, entregando resultados assim que estiverem prontos.
“Hoje em dia, o que mais acompanho de perto são os agentes. Você envia uma solicitação e ele executa, seja agora ou daqui a três dias, quando encontrar a resposta”, explicou Luis, CTO da Loft, em entrevista à Inteligência Financeira durante o Web Summit Rio 2025.
Na prática, a Loft já colocou essa tecnologia em funcionamento por meio do ‘Assistente do Corretor’, um agente que interage com corretores via WhatsApp. A ferramenta ajuda a construir roteiros personalizados para clientes, identifica imóveis que combinam com suas preferências e pode até iniciar conversas de forma proativa quando encontra uma nova oportunidade no mercado.
Para Luis, isso significa um novo patamar na relação entre humanos e a tecnologia, com impacto em praticamente todas as áreas de trabalho.
A revolução da IA generativa e seu impacto real nos negócios
Luis também destacou que a inteligência artificial generativa já provocou uma mudança estrutural na forma como pessoas e empresas interagem com sistemas digitais.
Antes restrita a centros de pesquisa, a IA hoje permite que qualquer usuário comum se comunique com máquinas em linguagem natural, de maneira direta e intuitiva.
“A IA generativa mudou como humanos interagem com tecnologia. Hoje, você conversa com o seu computador como se fosse uma pessoa”, afirma.
Na visão dele, essa facilidade potencializa a produtividade e amplia o alcance da tecnologia, tornando os agentes autônomos cada vez mais acessíveis e presentes no cotidiano profissional.
Além de reduzir complexidades, Luis aponta que a IA já gera ganhos reais de eficiência, criando soluções práticas e contínuas para os desafios do dia a dia.
Brasil tem chance de protagonismo global
O CTO da Loft vê o Brasil bem posicionado para se destacar na nova onda de inovação trazida pela inteligência artificial. Segundo ele, três fatores principais jogam a favor do País.
O primeiro é a adaptação rápida a novas tecnologias: o sucesso do Pix é um exemplo claro dessa capacidade. Já o segundo fator é o da mão de obra técnica qualificada. Na visão de Bitencourt-Emilio, o País forma desenvolvedores inovadores, aptos a criar soluções de ponta.
Energia verde será fundamental
Por fim, a abundância de energia verde também é um ponto importante na visão do executivo. “Ela é essencial para treinar e operar grandes modelos de IA, num momento em que o consumo energético se torna um fator estratégico”, explica o especialista.
Luis também ressaltou a importância de políticas públicas que fomentem a inovação sem travar o avanço tecnológico. Para ele, a atuação do governo brasileiro em projetos como o Pix e na regulamentação de criptoativos mostra que existe um ambiente favorável para o desenvolvimento da IA.
“Essa é uma mudança de nível revolucionário na humanidade. Quem souber aproveitar esse momento vai ter uma vantagem enorme”, conclui.
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