Como a pressão de rivais mexe com os planos da Novo Nordisk (N1VO34) para ampliar as vendas do Ozempic e do Wegovy em 2025?

A crescente popularidade do Ozempic e do Wegovy fez a demanda superar a oferta, levando a empresa a acelerar a expansão da produção

Sede da farmacêutica Novo Nordisk. Foto: Divulgação
Sede da farmacêutica Novo Nordisk. Foto: Divulgação

A Novo Nordisk (N1VO34) prevê um crescimento mais lento nas vendas este ano devido a limitações de capacidade, aumento da concorrência e pressão nos preços. Fatores que impactam as vendas de seus medicamentos para perda de peso e diabetes.

A gigante farmacêutica dinamarquesa projeta um crescimento entre 16% e 24% em 2025. Ou seja, abaixo dos 26% registrados no ano passado.

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“Em 2025, continuaremos focados na execução comercial, no avanço do nosso fluxo de pesquisas e desenvolvimento e na expansão da nossa capacidade de produção”, disse o diretor-presidente, Lars Fruergaard Jorgensen.

Ozempic e Wegovy

Então, as vendas do Wegovy, medicamento para perda de peso da empresa, dobraram em relação ao ano anterior. Mas ficaram ligeiramente abaixo das expectativas no quarto trimestre.

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O medicamento faturou 19,8 bilhões de coroas dinamarquesas (US$ 2,76 bilhões). Enquanto a expectativa era de 20 bilhões de coroas, segundo um consenso da Visible Alpha.

as vendas do Ozempic, medicamento para diabetes, cresceram 12% no ano, chegando a 33,8 bilhões de coroas (US$ 4,71 bilhões). Assim, superando a projeção de 33,34 bilhões de coroas.

Pressão Eli Lilly

O desempenho da Novo Nordisk ocorre após a Eli Lilly (LILY34), sua maior concorrente no mercado de perda de peso, divulgar uma previsão fraca para as vendas do Zepbound e do Mounjaro. A farmacêutica norte-americana esperava um crescimento mais rápido, mas os distribuidores não aumentaram seus estoques como previsto.

A crescente popularidade do Wegovy e do Ozempic fez a demanda superar a oferta, levando a empresa a acelerar a expansão da produção. A Novo Nordisk alertou que as limitações de capacidade devem continuar em algumas fábricas, com impactos no fornecimento de diversos produtos globalmente.

Nos Estados Unidos, o princípio ativo semaglutida, utilizado no Wegovy e Ozempic, ainda enfrenta escassez, segundo a Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA (FDA, na sigla em inglês).

Para ampliar sua produção, a empresa investiu bilhões de dólares em novas fábricas e concluiu um acordo de US$ 11 bilhões para comprar três instalações da Catalent, nos EUA. A aquisição foi finalizada pouco antes do Natal.

Nova geração de medicamentos para obesidade

Com a patente da semaglutida expirando no início da década de 2030, a empresa está desenvolvendo uma nova geração de medicamentos para obesidade. No entanto, o CagriSema, um dos mais promissores, decepcionou investidores ao apresentar uma redução média de peso de 22,7%, abaixo da meta de 25%.

O resultado eliminou quase US$ 100 bilhões do valor de mercado da empresa. No entanto, suas ações se recuperaram parcialmente no mês passado, após outro medicamento experimental, o Amycretin, mostrar resultados animadores em testes iniciais.

Ainda assim, as ações da Novo Nordisk caíram cerca de 42% desde o pico do último verão, devido à decepção com o CagriSema, preocupações com a concorrência e pressões nos preços.

A empresa anunciou um novo ensaio clínico de fase 3 para o CagriSema em 2025, mas adiou o pedido de aprovação regulatória do medicamento para o primeiro trimestre de 2026, anteriormente previsto para o fim de 2025.

Os resultados do CagriSema em pacientes obesos com diabetes devem ser divulgados no primeiro trimestre de 2025.

Perspectivas para 2025

A Novo Nordisk prevê um crescimento contínuo do Wegovy e do Ozempic este ano, mas também espera maior concorrência e pressão nos preços em seu portfólio de medicamentos para diabetes e obesidade.

A companhia projeta um crescimento do lucro operacional entre 19% e 27% em 2025, considerando taxas de câmbio constantes.

No quarto trimestre de 2024, a empresa superou as expectativas do mercado, com lucro líquido de 28,2 bilhões de coroas (US$ 3,93 bilhões), alta de 29% no ano, acima da previsão de 26 bilhões de coroas da FactSet.

Já as receitas totais ficaram em 85,6 bilhões de coroas (US$ 11,9 bilhões), alta de 30% sobre o quarto trimestre de 2023, superando a estimativa de 80,1 bilhões.

Com informações do Valor Econômico

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