M. Dias Branco: corte de custos e reajuste de preços para elevar margens

A M. Dias Branco, fabricante de massas e biscoitos, proprietária das marcas Piraquê, Adria e Vitarella, espera que a estratégia de precificação e os reajustes na produção contribuam para incrementos sequenciais nas margens nos próximos meses. O comando da companhia realizou teleconferência com analistas para comentar os resultados do quarto trimestre, na manhã desta segunda-feira (24).
De outubro a dezembro, a margem bruta da companhia caiu para 33,5%, ante 36,3% um ano antes.
As mudanças na malha fabril incluíram a paralisação das operações nas fábricas de Madureira (RJ) e Lençóis Paulistas (SP) e transferência para outras unidades. “Quando os volumes voltarem, as fábricas serão reativadas”, disse Gustavo Theodozio, vice-presidente de investimentos e controladoria da M. Dias Branco.
Também foram desativados três centros de distribuição, no Rio de Janeiro, em Sergipe e no Maranhão. Essas medidas devem resultar em uma economia de cerca de R$ 40 milhões para a companhia, disse Fábio Cefaly, diretor de novos negócios e de relações com investidores.
Reajustes de preço
Em relação aos reajustes de preço, o comando da empresa disse que novas tabelas estão sendo implementadas e que há uma recepção positiva por parte do mercado. “Os aumentos neste trimestre são para manter as margens atuais. Esperamos uma evolução na medida em que avançamos com os preços e as mudanças na produção”, disse Theodozio.
Nos últimos anos, a companhia cearense entrou em novos mercados, como o segmento de saudáveis com a compra da Jasmine, e também chegou em novos países, com a aquisição da Las Acacias, no Uruguai.
Segundo Theodozio, esses movimentos foram “congelados” para que a empresa possa focar na operação brasileira, que é onde vê maior oportunidade de crescimento.
Em relação às inovações, tópico bastante priorizado pela companhia, Theodozio disse que o objetivo é fazer menos lançamentos e ser mais assertivo. “Grande parte dos lançamentos não foi ao mercado como deveria do ponto de vista de execução. A mudança vem no sentido de fazer uma boa introdução desses itens no mercado.”
*Com informações do Valor Econômico
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