Dona da Havaianas, Alpargatas foca em recuperar escala no Brasil e exterior

Após realizar uma baixa importante em produtos de coleções antigas, o comando da Alpargatas, dona da Havaianas, disse que os níveis de estoques atuais estão alinhados com os patamares históricos. A companhia encerrou 2024 com 98% do inventário compostos por chinelos, o produto “core”.

“A prioridade para 2025 é recuperar escala de chinelos no Brasil e no exterior”, disse Liel Miranda, presidente da Alpargatas, em teleconferência com analistas, nesta terça-feira (25). De acordo com o executivo, a companhia não deve realizar novas baixas que possam pressionar os resultados operacionais.

Do ponto de vista de custos, André Natal, diretor financeiro da Alpargatas, disse que, por hora, não houve pressão para cima ou alívio para baixo em relação ao câmbio, que impacta no preço de algumas matérias-primas.

Em função das medidas implementadas, a dona da Havaianas encerrou 2024 com caixa positivo de R$ 121,8 milhões. Segundo Natal, não há intenção de acumular caixa. “Voltando a ter lucros relevantes, devemos ter lastro para pagar dividendos ou recomprar ações”, disse.

Os analistas questionaram os executivos sobre os planos para as operações internacionais da companhia. Segundo Miranda, a Alpargatas deve crescer volume na Europa em 2025, diferente do que aconteceu nos últimos três anos.

Com relação aos Estados Unidos, o presidente reforçou que trata-se de um mercado prioritário devido ao seu tamanho, mas que ganhar escala tem sido um desafio. “Buscamos um parceiro no país para acelerar o crescimento”, disse.

*Com informações do Valor Econômico