Chefão da LVMH quer área de livre comércio entre EUA e Europa para evitar tarifas de Trump

Bernard Arnault disse que as disputas tarifárias precisam ser resolvidas de forma amigável e que a culpa será de Bruxelas (sede da UE) caso as negociações não resultem em um acordo
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  • Bernard Arnault, CEO da LVMH, defende área de livre comércio entre EUA e Europa para evitar tarifas.
  • Ele alerta para consequências negativas caso a UE não negocie com os EUA.
  • Arnault ecoa opinião de Elon Musk sobre tarifas zero entre Europa e América do Norte.
  • A LVMH pode ser forçada a mudar parte da produção para os EUA se tarifas forem impostas à UE.
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O empresário francês Bernard Arnault disse que gostaria de ver a criação de uma área de livre comércio entre a Europa e os Estados Unidos, expressando esperança quanto a uma nova relação transatlântica no momento em que autoridades europeias tentam fechar um acordo para evitar as tarifas colocadas por Donald Trump.

O diretor-presidente da gigante francesa de bens de luxo LVMH disse aos acionistas na assembleia geral anual da empresa, nesta quinta-feira (17), que as disputas tarifárias precisam ser resolvidas de forma amigável e que a culpa será de Bruxelas (sede da União Europeia) caso as negociações não resultem em um acordo.

“Precisamos conversar com nossos amigos americanos para encontrar uma solução”, disse ele. Arnault acrescentou que é a favor de a Europa explorar a possibilidade de uma área de livre comércio com os EUA, apesar dos obstáculos regulatórios, ecoando comentários semelhantes de Elon Musk.

“Espero que se concorde que tanto a Europa quanto os Estados Unidos devem caminhar, idealmente, no meu ponto de vista, para uma situação de tarifa zero, criando efetivamente uma zona de livre comércio entre a Europa e a América do Norte”, afirmou Musk no início deste mês.

Qual é o contexto das declarações de Arnault?

As declarações de Arnault vieram após Trump impor tarifas a dezenas de países no início deste mês, antes de optar por uma pausa de 90 dias em meio à turbulência nos mercados financeiros.

As tarifas sobre metais e automóveis foram mantidas em vigor enquanto continuam as negociações para evitar tarifas de 20% sobre produtos da União Europeia.

O comissário de comércio da UE, Maros Sefcovic, viajou para Washington, D.C., no início desta semana para se reunir com o representante comercial dos EUA, Jamieson Greer, e com o secretário de Comércio, Howard Lutnick.

“Se a Europa não conseguir negociar com inteligência, haverá consequências para muitas empresas”, disse ele, alertando que a LVMH seria forçada a mover mais da sua cadeia produtiva para os EUA caso tarifas sejam impostas à UE.

*Com informações do Valor Econômico

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