Acordo entre Brasil e Japão impulsiona etanol: gigante asiático pode absorver até 10% do biocombustível

O Japão finalmente concordou em avançar os estudos para utilização de biocombustível brasileiro, uma demanda antiga do governo de Brasília.
O primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, afirmou que os biocombustíveis de alta qualidade do Brasil e a tecnologia de mobilidade avançada do Japão se complementam de forma perfeita para combater a emissão de carbono.
A declaração fez parte do discurso durante encontro com o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio Akasaka, em Tóquio, na noite desta quarta-feira (26), manhã no horário de Brasília.
Antes, o chefe de estado brasileiro havia mencionado que sempre ouvia falar sobre a possibilidade de adição de até 10% de etanol brasileiro na gasolina japonesa, mas que isso nunca se concretizava.
Acordo se alinha com compromisso do governo japonês de emitir menos carbono
A utilização de biocombustível faz parte há anos de um compromisso do governo de Tóquio para reduzir a emissão de gás carbônico, mas que sempre encontrava resistência das petroleiras japonesas.
Uma das características desse segmento é a divisão dos mercados nacionais por duas ou três empresas que precisam gerar lucro através do volume de vendas.
No Japão é possível contar pelo menos 10 grandes empresas do ramo, fora as companhias regionais.
Como o lucro por litro é pouco, os observadores prevêem que a entrada do etanol brasileiro resultará em corte significativo de ganhos e pode gerar uma onda de fusões e aquisições no segmento japonês.
As negociações envolvem a utilização de etanol brasileiro primeiro no mercado de combustíveis para avião.
*Com informações do Valor Econômico
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