Mercado prevê que Fed vai adiar corte de juros para julho após dado de emprego

Após os dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos virem acima do esperado nesta sexta-feira (2), os agentes financeiros mudaram suas apostas para o próximo corte nos juros pelo Federal Reserve (Fed) acontecer em julho em vez de junho.
A ferramenta “FedWatch Tool” do CME aponta que, antes da divulgação dos dados, 55% dos agentes financeiros apostavam em um primeiro corte nos Fed Funds em junho, levando os juros para a faixa de 4% a 4,25%. Agora esse número é de 42,8%. Para julho, as previsões de um primeiro corte subiram para 53,8%, de 44,4% antes do payroll.
A mudança nas apostas também é refletida na parte curta da curva a termo dos juros americanos.
O rendimento da T-note de dois anos, que reflete com mais precisão as apostas sobre a política monetária americana, estava próxima às máximas do dia, em 3,779%, de 3,709% do fechamento anterior. Já a taxa da T-note de 10 anos estava em 4,293%, de 4,221% no fechamento anterior.
Guerra comercial de Trump ainda não afeta mercado de trabalho
Os dados mais fortes do mercado de trabalho indicam que os impactos da política comercial do presidente Donald Trump ainda não estão sendo sentidos em sua totalidade na criação de empregos, permitindo que o Fed tenha mais tempo para analisar os dados e entender se um afrouxamento na política monetária será necessário para tracionar a economia americana.
Ainda assim, o mercado precifica quatro cortes de 0,25 ponto percentual pelo Fed neste ano. Os dados do CME indicam que a última redução nos Fed Funds acontecerá na reunião de dezembro, levando os juros para faixa de 3,25% a 3,50%.
*Com informações do Valor Econômico
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