IPCA de janeiro deve desacelerar, mas tendência ainda é de piora da inflação em 2025

Alívio nos preços deve ser puxado por desconto temporário na conta de luz no primeiro mês do ano

Torres de linha de transmissão de energia. Foto: Pawel Kopczynski/Reuters
Torres de linha de transmissão de energia. Foto: Pawel Kopczynski/Reuters

O IBGE divulga nesta terça-feira (11) pela manhã o resultado do IPCA de janeiro de 2025. A previsão do mercado financeiro é de desaceleração da taxa neste começo de 2025.

Contudo, a tendência para o ano segue de piora da inflação no Brasil.

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Por que IPCA de janeiro de 2025 vai desacelerar?

Pelo Boletim Focus mais recente, o IPCA variou 0,15% em janeiro. Ou seja, abaixo da taxa de 0,52% observada em dezembro de 2024.

Para o Bradesco, em relatório, o alívio nos preços deve ser puxado pelo bônus de Itaipu. Esse é um desconto temporário nas tarifas de eletricidade durante janeiro.

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Então, o banco estima que o IPCA do primeiro mês do ano ficou em 0,16%.

“O IPCA acumulado em doze meses deve desacelerar de 4,8% em dezembro para 4,6% em janeiro de 2025. Essa redução da inflação é explicada majoritariamente pela deflação de preços administrados, por conta da queda da tarifa de energia elétrica resultante do bônus de Itaipu.”

Já o BTG Pactual, também em relatório, projeta taxa de inflação um pouco maior, de 0,20%.

Conforme o banco, o bônus de Itaipu reduzirá o índice de preços em 0,6 ponto percentual. Porém, o impacto se reverterá em fevereiro.

“Para os demais segmentos, esperamos que a inflação se mantenha elevada. Incluindo todos os principais segmentos de preços livres (alimentação, serviços e bens industriais)”, destaca o BTG.

“A inflação de serviços deverá acelerar ainda mais, puxando o aumento esperado para o núcleo de inflação. Logo, esperamos uma leitura desfavorável, reforçando o cenário desafiador à frente”, acrescenta o banco.

O que esperar do IPCA em 2025?

Mesmo com o alívio pontual em janeiro, o Boletim Focus divulgado mais cedo reiterou a perspectiva de piora da inflação ao longo de 2025.

Dessa forma, o mercado financeiro elevou pela 17ª semana seguida a projeção para o IPCA no encerramento do ano. Agora, de 5,51% para 5,58%.

Se o cenário de pressão dos preços for mantido, a meta de inflação (3%) será estourada novamente.

Vale lembrar que o IPCA fechou 2024 com alta acumulada de 4,83%. Portanto, acima até do teto da meta (4,5%).

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