IPCA acumulado em 12 meses bate 5,53% em abril

Inflação ficou em 0,43% no mês pressionada por alimentação e saúde

O IBGE informou nesta sexta-feira (9) que o IPCA variou 0,43% em abril de 2025. Apesar de ter desacelerado em relação a março (0,56%), a inflação acumulada em 12 meses no Brasil avançou de 5,48% para 5,53% – acima da meta de 3% perseguida pelo Banco Central e maior taxa desde fevereiro de 2023 (5,60%).

O grupo alimentação e bebidas (0,82%) exerceu o maior impacto no índice geral do mês, com 0,18 ponto percentual. Saúde e cuidados pessoais (1,18%), com impacto de 0,16 ponto, aparece na sequência como principal pressão.

Já o grupo transportes (-0,38%) foi o único a registrar queda, aliviando a taxa em -0,08 ponto.

Destaques do IPCA de abril

Conforme o IBGE, o grupo alimentação e bebidas desacelerou de 1,17% em março para 0,82% em abril. A alimentação no domicílio variou 0,83% e a alimentação fora do domicílio, 0,80%.

Contribuíram as altas da batata-inglesa (18,29%), do tomate (14,32%), do café moído (4,48%) e do lanche (1,38%). No lado das quedas, a principal foi do arroz (-4,19%).

Em saúde e cuidados pessoais, o resultado foi influenciado pelos produtos farmacêuticos (2,32%), que exerceram o maior impacto positivo individual no índice geral (0,08 p.p.).

A pressão, destaca o IBGE, é explicada pela autorização de reajuste de até 5,09% no preço dos medicamentos a partir de 31 de março.

Queda nos preços dos combustíveis

A deflação no grupo transportes no IPCA de abril foi influenciada pela queda da passagem aérea (-14,15%), que exerceu o principal impacto negativo no índice geral (-0,09 p.p.), além dos combustíveis (-0,45%).

Todos os combustíveis tiveram variação negativa no mês: óleo diesel, com -1,27%; gás veicular, com -0,91%; etanol, com -0,82%; e gasolina, com -0,35%.

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