Ibovespa resiste à queda de Wall Street após novas tarifas de Trump

Enquanto Wall Street sofre com o anúncio de novas tarifas de Trump, o Ibovespa mostra resiliência, impulsionado pela alta de ações de bancos, apesar da queda de Petrobras e Vale.

Mesmo em um dia de forte aversão a risco nos mercados globais, na ressaca do “tarifaço” apresentado ontem pelo presidente Donald Trump, o Ibovespa demonstra certa resiliência nesta quinta-feira. Ainda que o pregão seja de forte volatilidade, o desempenho do principal índice da bolsa brasileira vai na contramão do tombo registrado em Wall Street.

Por volta das 14h30, o Ibovespa rondava a estabilidade, com alta de 0,01%, aos 131.202 pontos. No mesmo horário, o Nasdaq recuava 4,93%; o S&P 500 tinha queda de 3,82%; e o Dow Jones cedia 3,02%. Após o anúncio feito ontem por Trump, cresceu entre os investidores a visão de que as tarifas poderão afetar diretamente a economia dos EUA, levando o país a uma recessão.

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Já por aqui, segundo gestores, a alta de blue chips de bancos ajuda a minimizar o desempenho mais negativo do Ibovespa, em um pregão de recuo das ações da Petrobras e da Vale. O temor com uma recessão nos EUA e com uma desaceleração da atividade global impulsionam as commodities para baixo. No horário acima, as ações PN da Petrobras caíam 3,09%, enquanto os papéis da Vale recuavam 2,81%. Já os papéis preferenciais do Bradesco eram o destaque entre as blue chips de bancos, com uma alta de 2,09%.

No mesmo horário, o dólar comercial caía 1,50%, a R$ 5,6129, em linha com o movimento global de depreciação da moeda americana. A avaliação é que as medidas tarifárias trouxeram um viés mais baixista para o dólar, num primeiro momento. Mas há quem considere que a divisa dos EUA possa se recuperar em meio a um maior pessimismo com a economia global quando as tarifas entrarem em vigor.

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Já os juros futuros seguiam a tendência vista nos rendimentos dos Treasuries (títulos do Tesouro americano) e recuavam. A queda é potencializada pela visão de que o Brasil foi “menos impactado”, já que a tarifa a produtos do país ficou no piso de 10% estabelecido por Trump. Além disso, a forte apreciação da taxa de câmbio local e o derretimento dos preços de petróleo conversam com um quadro de inflação menos pressionada no Brasil, o que poderia conter o ciclo de aperto do BC.

03/04/2025 14:40:29

*Com informações do Valor Econômico

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