Bolsa de Valores hoje: Acompanhe em tempo real as notícias do Ibovespa no dia 05/05/2025
Juros futuros têm alta firme com pressão externa e ajustes antes do Copom
Os juros futuros subiram em ritmo forte no pregão desta segunda-feira (5), novamente pressionados por dados mais fortes que o esperado da economia dos Estados Unidos, na sessão seguinte à surpresa com os números de abril do “payroll” (o relatório oficial do mercado de trabalho americano).
Além disso, o mercado realizou ajustes antes da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) na quarta-feira (7), dia em que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) também decide juros.
Ao fim do pregão, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento de janeiro de 2026 anotou alta de 14,685%, do ajuste anterior, para 14,725%; a do DI de janeiro de 2027 subiu de 13,96% a 14,05%; a do DI de janeiro de 2029 saltou de 13,59% a 13,69% e a do DI de janeiro de 2031 aumentou de 13,805% para 13,87%.
Nos Estados Unidos, as taxas dos títulos do Tesouro americano (Treasuries) também subiram com o movimento concentrado nos vértices longos da curva de juros, ainda que a um ritmo mais contido. O rendimento da T-note de dez anos avançou de 4,314% para 4,353%.
— Valor Econômico
Ibovespa fecha em queda de mais de 1% com pressão de Petrobras
O recuo nos contratos futuros de petróleo alimentou uma forte correção nas ações da Petrobras, o que aprofundou as perdas do Ibovespa na sessão. Depois de oscilar entre os 133.390 pontos e os 135.198 pontos, o índice fechou em queda de 1,22%, aos 133.491 pontos. A divulgação de dados acima das projeções nos Estados Unidos também reforçou a visão de que o Federal Reserve (Fed, banco central americano) deve manter os juros no patamar entre 4,25% e 4,50% nesta quarta-feira, o que turbinou a cautela de investidores.
Às vésperas da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), que decide o novo patamar da Selic na quarta-feira, a subida dos juros futuros também dificultou um movimento mais positivo do Ibovespa no pregão.
Impulsionada pela revisão do preço-alvo das ações por analistas do Bank of America (BofA) e pelo recuo mais expressivo nos contratos futuros de petróleo, as ações PN da Petrobras fecharam com queda de 3,73%, a R$ 29,66, o valor mais baixo negociado pelos papéis no ano. Já as ON cederam 2,81%, a R$ 31,77.
Outras blue chips também tiveram perdas, com exceção dos papéis da Vale e do Banco do Brasil, que subiram 0,30% e 0,76%, nessa ordem. Já a maior alta ficou para as ações da Cogna, que avançaram 8,81%. Segundo o jornal “O Globo”, a companhia voltou a conversar sobre uma fusão com a Yduqs. Por outro lado, entre as maiores quedas ficaram as ações da Magazine Luiza, que recuaram 5,04%.
O volume financeiro negociado no índice na sessão foi de R$ 17,3 bilhões e de R$ 21,5 bilhões na B3. Em Wall Street, os principais índices americanos recuaram: o Nasdaq cedeu 0,74%; o S&P 500 teve queda de 0,64%; e o Dow Jones registrou perdas de 0,24%.
— Valor Econômico
Bolsas de Nova York fecham em queda com novas tarifas e à espera do Fed
As principais bolsas de Nova York fecharam em queda nesta segunda-feira (05). As novas ofensivas do presidente Donald Trump em sua política comercial, ao tarifar em 100% filmes produzidos fora dos Estados Unidos, somadas à aversão ao risco antes da reunião do Federal reserve (Fed) na quarta-feira (07) levou os índices em Wall Street à queda, que foi arrefecida após a divulgação dos dados de serviços do ISM acima do esperado.
No fechamento, o índice Dow Jones caiu 0,24%, aos 41.219,14 pontos; o S&P 500 perdeu 0,64%, aos 5.650,59 pontos; e o Nasdaq teve queda de 0,74%, aos 17.844,24 pontos. Os setores de energia (-2,01%), consumo discricionário (-1,32%) e tecnologia (-0,85%) foram os piores desempenhos do dia.
Os papéis da Warner caíram 1,99% ao final do pregão, enquanto a Netflix cedeu 1,95%. Empresas de tecnologia com serviços de streaming também sofreram hoje, com a Amazon perdendo 1,91% e a Apple desvalorizando 3,15%.
O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor de serviços dos EUA do ISM veio acima do consenso do mercado, subindo para 51,6 pontos em abril, de 50,8 março, e acima da expectativa de 50,4. Os dados também levaram a uma alta nos retornos dos Treasuries (títulos do Tesouro americano) e diminuíram as perdas do dólar no exterior.
O Deutsche Bank aponta que os comentários da reunião do Fed virão na linha de que as políticas da administração Trump devem afastar a economia dos objetivos duais do mandato por um período, mas que a política monetária está “bem posicionada” para responder à evolução das perspectivas. Devido aos fortes dados de emprego e atividade dos últimos dias, o presidente do banco central americano, Jerome Powell, deve focar nos impactos deles sobre a inflação.
Neste contexto, o cenário-base do banco alemão é mais “hawkish” (propenso aos juros mais altos) do que a maior parte do mercado. O Deutsche enxerga apenas um corte nos juros neste ano pelo Fed em dezembro, o que levaria as taxas para faixa de 4% a 4,25%, considerada neutra pelos economistas do banco.
— Valor Econômico
Dólar à vista fecha em alta em sessão negativa para moedas da América Latina
O dólar à vista exibiu valorização frente ao real nesta segunda-feira, em uma sessão marcada pelo enfraquecimento da moeda americana na maioria dos mercados mais líquidos, com exceção da América Latina. Diante de sinais mais fortes da economia americana, o investidor global pode ter ajustado posições em mercados onde estava mais vendido em dólar (apostando na queda da moeda americana). Da mesma forma, com notícias sobre países asiáticos considerando valorizar suas moedas como forma de negociação com os Estados Unidos, posições relativas compradas em moedas da América Latina e vendidas em países da Ásia podem ter sido desmontadas, gerando alguma pressão nos mercados.
Encerradas as negociações, o dólar à vista registrou alta de 0,63%, cotado a R$ 5,6893, depois de ter encostado na mínima de R$ 5,6290 e chegado na máxima de R$ 5,6905. Já o euro comercial apreciou 0,73%, a R$ 6,4378. Perto das 17h05, no exterior, o índice DXY recuava 0,26%, aos 99,774 pontos. O dólar, porém, apreciava 1,17% ante o peso colombiano e 0,41% contra o peso mexicano.
— Valor Econômico
Petróleo recua após anúncio de aumento na produção da Opep+
Os contratos futuros do petróleo fecharam em queda nesta segunda-feira (5), após a Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados) surpreender o mercado e decidir, neste fim de semana, que irá implementar outro aumento na oferta da commodity em junho. O novo acréscimo será de mais de 400 mil barris por dia, repetindo a alta do mês de maio. Diante disso, grandes bancos como o Goldman Sachs e o Morgan Stanley diminuíram suas projeções para os preços do petróleo em 2025.
No fechamento, o petróleo tipo Brent (referência mundial) com vencimento em julho teve queda de 1,72%, cotado a US$ 60,23 por barril, e o WTI (referência americana) com entrega prevista para junho recuou 1,99%, a US$ 57,13 por barril.
Após o anúncio da Opep+, o Goldman Sachs aumentou sua previsão para o acréscimo a ser anunciado em julho, de 140 mil barris por dia para 410 mil. Por conta disso, o banco também reduziu sua projeção para o preço do Brent para a faixa de US$ 60 a US$ 56 no restante de 2025 e para US$ 56 a US$ 52 em 2026.
Na mesma linha, o Morgan Stanley reduziu suas estimativas para o preço do Brent no segundo trimestre de US$ 65 para US$ 60 e de US$ 62,50 para US$ 57,50 no segundo semestre de 2025. Já na primeira metade do ano que vem, o banco vê o preço do barril a US$ 55, ante previsão de US$ 65 anteriormente.
“A revisão da cota da Opep veio maior do que esperávamos e, provavelmente, é um precursor de novos aumentos de oferta para os próximos meses”, disseram os analistas, em relatório. “Ela aponta para uma trajetória de produção significativamente mais alta do que a assumida anteriormente em nossos modelos e pesa negativamente sobre nossa perspectiva para os preços do petróleo.”
— Valor Econômico
Ouro avança em meio a menor apetite ao risco às vésperas da reunião do Fed
Os contratos futuros de ouro fecharam em forte alta nesta segunda-feira (05), na medida em que os investidores mostram menor apetite ao risco às vésperas da reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed) na quarta-feira (7). Além disso, as novas tarifas de Donald Trump ao setor de entretenimento impulsionaram o preço do metal precioso.
No fechamento, os contratos futuros de ouro com vencimento para junho avançavam 2,44%, a US$ 3.322,3 por onça-troy, na Comex, a divisão de metais preciosos da New York Mercantile Exchange (Nymex).
Ole Hansen, estrategista chefe de commodities no Saxo Bank, aponta que grande parte do movimento de alta nos contratos futuros de ouro visto nos últimos meses é proveniente de investidores chineses, refletindo as preocupações com a economia do país e com a relação comercial entre os Estados Unidos e a China.
“A queda dos preços na semana passada, para cerca de US$ 3.200, ocorreu durante o feriado do Dia do Trabalho chinês, período em que os fluxos de ETFs foram temporariamente suspensos. Com a reabertura em 6 de maio, a resposta dos investidores fornecerá um sinal crucial de curto prazo para o próximo movimento do ouro”, acrescentou.
— Valor Econômico
Bolsas da Europa fecham sem direção única com feriado no Reino Unido
As bolsas na Europa fecharam em direções opostas nesta segunda-feira (5), com os mercados fechados no Reino Unido, devido a um feriado local.
No fechamento, o índice Stoxx 600 subiu 0,19%, aos 537,45 pontos, o DAX, de Frankfurt, teve alta de 1,12%, aos 23.344,54 pontos, e o CAC 40, de Paris, recuou 0,55%, aos 7.727,93 pontos.
O principal índice de ações do continente, o Stoxx 600, marcou sua décima sessão consecutiva de alta, com o mercado se recuperando gradualmente do estresse das tarifas dos Estados Unidos e com o impulso da temporada de balanços corporativos.
Nesta semana, os investidores acompanham as decisões de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), na quarta-feira (7), e do Banco da Inglaterra (BoE), na quinta (8).
Entre os destaques do dia, as ações da Shell fecharam em queda, após a agência de notícias Bloomberg informar que a empresa estaria avaliando uma possível aquisição da rival British Petroleum (BP). Na temporada de balanços, a Ferrari, BMW, Merck e Novo Nordisk estão entre as empresas que divulgam seus resultados nos próximos dias.
— Valor Econômico
Ações da Petrobras têm fortes perdas com recuo do petróleo e redução no preço do diesel
Os papéis da Petrobras apresentam um dia de maior pressão negativa desde o início da sessão, em virtude da queda mais expressiva nos preços do petróleo. Durante a manhã, o recuo ganhou ainda mais força depois que a companhia informou que irá reduzir o preço do diesel, o que tende a diminuir a receita da empresa.
Por volta das 12h55, as ações PN da petroleira tinham queda de 2,76%, enquanto as ON recuavam 2,17%. No mesmo horário, o Ibovespa cedia 1,08%, aos 133.679 pontos, após a mínima de 133.581 pontos. Já o contrato futuro de petróleo do tipo Brent para julho caía 2,45%, a US$ 59,79, enquanto o WTI para junho recuava 2,69%, a US$ 56,72.
Hoje, a Petrobras anunciou a redução de 4,66%, ou R$ 0,16 por litro, nos preços do óleo diesel vendido nas refinarias. Essa é a terceira redução consecutiva nos preços do diesel promovida pela companhia.
O anúncio ocorreu na sequência do anúncio feito pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+). O cartel surpreendeu ao aumentar a produção pelo segundo mês consecutivo.
— Valor Econômico
Bolsas de NY abrem em queda com novas tarifas de Trump e à espera do Fed
As principais bolsas de Nova York abriram em queda nesta segunda-feira (05), após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar tarifas de 100% a filmes produzidos fora do país ontem, em publicação em sua rede social, a Truth Social. Os mercados avaliam ainda os dados de serviços do S&P Global e do ISM divulgados hoje e com a reunião do Federal Reserve (Fed) na quarta-feira (07).
Próximo às 11h15 (horário de Brasília), o índice Dow Jones caía 0,19%, aos 41.238 pontos; o S&P 500 cedia 0,66%, aos 5.649 pontos; e o Nasdaq perdia 0,74%, aos 17.844 pontos. Todos os setores operavam no negativo no horário citado, com os piores desempenhos sendo em finanças, energia e consumo discricionário.
Em sua publicação, Trump afirmou que a indústria cinematográfica americana estava morrendo “muito rápido” devido aos incentivos oferecidos por outros países para atrair cineastas. “Este é um esforço conjunto de outras nações e, portanto, uma ameaça à Segurança Nacional. É, além de tudo, uma mensagem e propaganda”, disse.
Neste contexto, as ações da Warner e Netflix tinham duas das maiores quedas do dia. Ativos ligados ao setor de tecnologia, mas também com serviços de streaming, como Apple e Amazon, também caíam
A expectativa do mercado para a reunião de quarta-feira é uma manutenção dos juros na faixa de 4,25% a 4,50%, com o primeiro corte a ser feito na reunião de julho. Os dados do “payroll” (relatório de empregos) de sexta-feira, que vieram acima do esperado, podem ter dado mais tempo para o banco central americano aguardar novos indicadores e ter mais clareza antes de alterar o curso dos juros no país.
Para os economistas do Goldman Sachs, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), do Fed, parece estabelecer uma barra mais alta para que cortes de juros sejam realizados em comparação com a guerra comercial de 2019, apesar de que uma alta na inflação combinada com desemprego crescente provavelmente levaria a autarquia a cortar os Fed Funds.
“Nossa previsão para decisão Fed permanece mais ‘dovish’ em relação aos preços de mercado, refletindo o maior risco de recessão que vemos devido às tarifas e à incerteza sobre a política comercial”, acrescentaram os economistas, que esperam três cortes consecutivos nos juros de 0,25 pontos percentuais (p.p) a partir de julho.
— Valor Econômico
Estrangeiros interrompem saída de recursos da bolsa de valores após tarifaço
Os investidores estrangeiros registraram a oitava sessão consecutiva de entrada de recursos no segmento secundário da B3 (ações já listadas), com aporte de R$ 1,3 bilhão na quarta-feira (30), dia em que o Ibovespa encerrou estável (-0,02%). Assim, a categoria quase zerou os saques de abril e finalizou o mês com déficit de R$ 133,56 milhões. Já no ano, o saldo está positivo em R$ 10,5 bilhões.
Por outro lado, o investidor institucional sacou R$ 1,4 bilhão no mesmo dia, atingindo déficit de R$ 3,0 bilhões em abril. No acumulado do ano, o saldo negativo alcança R$ 13,3 bilhões.
O investidor individual, por sua vez, aportou R$ 292,5 milhões na quarta-feira, atingindo superávit de R$ 2,1 bilhões no mês. Em 2025, o saldo está positivo em R$ 3,7 bilhões.
As informações foram divulgadas pela B3.
— Valor Econômico
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