FIIs registram mais um mês de alta, mas cenário segue de volatilidade: qual estratégia adotar?

FIIs apresentam relativo bom desempenho, mas a análise segue sendo de cautela e aposta no longo prazo por conta da volatilidade

Relatório do Itaú BBA com data de terça-feira (1) indica que os fundos imobiliários, os chamados FIIs, hoje apresentam movimento de recuperação. Mas isso não quer dizer que o cenário efetivamente mudou para esses ativos. De acordo com Larissa Napo e Fausto Menezes, que assinam o documento, o cenário é de volatilidade e a estratégia a adotar deve ser de posições com vistas no longo prazo.

O relatório mostra que o Índice de Fundos Imobiliários (Ifix) terminou o mês com elevação de 6,1%. O desempenho acumulado no trimestre: alta de 6,3%.

“Pudemos ver um movimento acentuado de recuperação: o Ifix seguiu a tendência iniciada em meados de fevereiro e registrou uma sequência de sete semanas de alta”, escrevem Napo e Menezes.

O estudo reforça que no caso dos FIIs é importante destacar que há apenas ajuste do cenário macroeconômico. E se as mesmas questões estão no radar, para Napo e Menezes, o momento segue sendo de volatilidade. “Dessa forma, seguimos com uma visão de montagem de posições para o longo prazo”.

E o que isso significa na prática para quem investe em FIIs?

“Olhando para os próximos meses, seguimos com preferência pelos fundos de ativos financeiros este ano. No setor, observando fundos com carteiras sólidas e, principalmente no caso dos high grades, apresentando atrativo relação risco x retorno, com rendimentos acima de 14% e portfólios sem registros de inadimplência”.

O documento ainda indica: momento para olhar fundos indexados à inflação e ao CDI. Eles devem seguir distribuindo proventos altos. Isso porque a Selic deve chegar a 15,25% ao ano no fim de 2025.

FIIs e Tesouro IPCA

O relatório apresentado pelo Itaú BBA faz também uma relação entre o mercado de fundos imobiliários e o Tesouro Nacional indexado ao IPCA, mais especificamente o Tesouro IPCA+ 35, a NTN-B. Da comparação, o estudo apresenta um gráfico (veja abaixo) e três conclusões.

Assim, as conclusões são as seguintes:

  • A curva de juros se ajustou em meados de fevereiro, quando o mercado aliviou-se – um pouco – da tensão quanto ao cenário macroeconômico;
  • Trata-se segundo os autores de ajuste do cenário. Mas não é uma mudança significativa;
  • Por fim, fica claro que há uma relação importante entre o movimento do Ifix com o arrefecimento da curva de juros. “O movimento altista dos fundos imobiliários acontece logo após o início da queda do cupom”. Cupom é a taxa de remuneração da NTN-B 2035.

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