Efeito real do tarifaço de Trump: Vale e Petrobras afundam e bolsa dá adeus à tendência de alta

Muito. Mas muito mesmo se falou desde a semana passada sobre a guerra comercial iniciada por Donald Trump com o tarifaço norte-americano. Mas um efeito prático, um dos primeiros por aqui, pode ser observado pelo investidor exatamente nesta quarta-feira (9). Vale (VALE3) iniciou tendência de baixa, Petrobras (PETR4) vive o mesmo cenário. E a bolsa deu adeus à tendência de alta.

É essa uma leitura possível do relatório de análise gráfica da bolsa de valores emitido por Fábio Perina antes da abertura do mercado nesta quarta-feira para o Itaú BBA.

“O Ibovespa, com a queda, perdeu o suporte de 125.300 pontos, dando um adeus à tendência de alta”, informa o documento. Que prossegue: “O próximo suporte está em 122.000 pontos, e a perda desse nível pode levar o índice a uma tendência de baixa, com forte suporte em 118.200 pontos”.

A vida não está fácil na Faria Lima. E muita dessa dificuldade repousa nos desempenhos ruins de Vale e Petrobras.

Vale (VALE3) perde suporte

Ainda de acordo com o relatório, a Vale perdeu suportes estabelecidos nas análises gráficas em R$ 53 e R$ 50,60. E com isso, iniciou tendência de baixa.

A situação da multinacional se complica no mercado externo por conta da volatilidade do preço do minério de ferro que oscila conforme ocorrem as pressões e incertezas em torno da China. Sempre foi assim, mas agora a pressão é maior por conta do tarifaço de Trump.

Petrobras (PETR4) também perde suportes

A Petrobras também perdeu suporte de preços – de R$ 33,85 e R$ 32,55, respectivamente – que fizeram o papel (também) acessar a tendência de baixa no curto prazo. “A ação abriu espaço para quedas até a região de (R$) 30,90”, indica o relatório de Perina.

Diante desse cenário, é importante o investidor saber o que fazer neste momento. Uma pista vem do próprio Itaú BBA. Aportes no Tesouro Direto Prefixado apresentam neste momento retornos atrativos. Isso para documentos com vencimento em até três anos. Para prazos maiores, o foco pode ser Tesouro IPCA+.