Real é a moeda com pior desempenho no mundo em dia de aversão global ao risco

O dólar deu sequência a seu rali nesta segunda-feira e fechou em firme valorização ante o real, alcançando o maior nível em dois meses. Desta forma, o real foi a moeda, dentre as 33 principais, a ter a pior performance nesta segunda-feira.
Investidores iniciam a semana operando com cautela elevada, se preparando para o primeiro turno das eleições, que acontece no domingo. Enquanto isso, o quadro de aversão a risco no exterior, por conta dos temores de recessão, intensifica os ganhos do dólar. Amanhã, o presidente do Federal Reserve (Fed) discursa em um evento às 8h30, o que sempre gera expectativas no mercado, já que pode haver sinalização sobre o próximos passos da política monetária.
A semana também trará eventos importantes na agenda econômica, que intensificam o clima de cautela dos investidores. “Agora na véspera da eleição, há uma tendência dos investidores quererem ir ‘mais leves’ para o final de semana, diminuindo suas exposições. Temos uma semana bastante cheia no país, com IPCA-15 amanhã, ata da reunião do Copom, relatório de inflação”, diz Fábio Guarda, sócio e gestor da Galapagos Capital. “Tudo isso precipita um pouco uma zeragem de risco, uma diminuição de exposição ao mercado local”, completa.
A tensão no exterior vem principalmente da Europa, após o anúncio do plano fiscal do Reino Unido fazer investidores precificarem uma alta expressiva nos juros pelo Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) na próxima reunião e levantou rumores até mesmo sobre a possibilidade de uma reunião de emergência para elevar as taxas mais rapidamente. O anúncio fez com que a moeda britânica atingisse a mínima histórica.
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