Copa do Mundo 2026 injetará US$ 40,9 bilhões no PIB global

Estudo elaborado pela OpenEconomics (OE) e divulgado pela Organização Mundial do Comércio (OMC) e pela Fifa mostra que a Copa do Mundo de 2026 pode ter um impacto econômico global bruto de US$ 80,1 bilhões com US$ 40,9 bilhões para o Produto Interno Bruto (PIB) mundial. Além disso, o documento traz uma estimativa de US$ 8,28 bilhões em benefícios sociais, além da geração de cerca de 824 mil empregos globais em tempo integral equivalente (FTE, na sigla em inglês).
O impacto econômico é dado pela produção bruta, que é o valor total de bens e serviços produzidos por uma economia ou setor. Ela mede a economia bruta e reflete a escala da atividade econômica, segundo o relatório divulgado pela Fifa.
Copa do Mundo 2026: 6,5 milhões de pessoas interessadas
A OpenEconomics projeta ainda que os jogos da Copa de 2026 atrairão 6,5 milhões de pessoas nos países organizadores (Estados Unidos, México e Canadá), com gastos totais ligados ao evento de US$ 13,9 bilhões.
Só nos Estados Unidos, a projeção é de que 185 mil empregos FTE sejam criados, com impacto econômico de US$ 30,5 bilhões e US$ 17,2 bilhões adicionados ao PIB. A OE é uma empresa independente que apoia instituições e companhias no desenho de políticas e projetos de investimentos.
Do total de gastos de US$ 13,9 bilhões estimados pela OE, 54% do total, ou US$ 7,5 bilhões, virão dos gastos de turistas, enquanto 27%, o equivalente a US$ 3,8 bilhões, serão gastos pela Fifa. Outros US$ 1,8 bilhão, ou 13% do total estimado, virão dos gastos operacionais das cidades-sede, e US$ 900 milhões, ou 6% do total, serão investimentos de capital.
A Copa do Mundo acontece nos Estados Unidos, México e Canadá entre os dias 11 de junho e 19 de julho de 2026.
Projeções para o Mundial de Clubes da Fifa
A empresa também projetou o impacto da realização do Mundial de Clubes da Fifa neste ano. De acordo com o estudo, a competição, que envolve 32 times dos cinco continentes, deve ter a presença de 3,7 milhões de pessoas interessadas no torneio nas 11 cidades-sede. O evento pode contribuir para gerar US$ 21,1 bilhões para o PIB global e um total de US$ 41,3 bilhões em impacto econômico bruto globalmente.
A competição também pode render US$ 9,6 bilhões para o PIB americano, US$ 17,1 bilhões em produção bruta no país e destravar US$ 3,36 bilhões em benefícios sociais nos Estados Unidos, além de criar aproximadamente 105 mil empregos no país.
A OE estimou ainda gastos de US$ 7,2 bilhões ligados ao evento, dos quais US$ 4 bilhões, ou 56%, serão de gastos de turistas, enquanto US$ 1,1 bilhão, ou 15%, virá de gastos operacionais das cidades-sede. Outros US$ 1,9 bilhão virão de gastos da Fifa, o equivalente a 27% do total, enquanto US$ 100 milhões, ou 1% do total, virão de gastos operacionais federais e outros US$ 100 milhões serão de investimentos de capital.
O Mundial de Clubes da Fifa acontece nos Estados Unidos entre os dias 15 de junho e 13 de julho de 2025 e contará com a participação de Flamengo, Botafogo, Fluminense e Palmeiras representando o Brasil.
“Os estudos miram em capturar ambos os benefícios, tangíveis e intangíveis, através de uma análise estruturada e compreensível que inclui contribuições diretas, indiretas e induzidas e demonstram o comprometimento da Fifa e da OMC em trabalhar juntas para analisar o impacto econômico do futebol e o se papel em destravar crescimento econômico global e inclusivo”, diz a nota divulgada pela Fifa.
Esse papel é central no Memorando de Entendimento (MoU) assinado em setembro de 2022 pelo presidente da Fifa, Gianni Infantino, e o diretor-geral da OMC, Ngozi Okonjo-Iweala durante o Fórum Público Anual da OMC.
*Com informações do Valor Econômico
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