Como um filho de operários virou o CEO da gigante da biotecnologia que vem revolucionando a beleza sustentável

Conheça John Melo, cofundador e CEO da gigante de biotecnologia Amyris, que quer criar uma 'L’Oréal sustentável'

Novembro de 2006. O executivo John Melo, com carreira na multinacional British Petroleum (BP), é chamado para participar do conselho de uma startup do Vale do Silício, fundada por cinco cientistas de Berkeley, a Amyris Biotechnologies. O convite parte de Al Gore, vice-presidente dos Estados Unidos no período Clinton (1993-2001), e do megainvestidor de risco John Doerr, da Kleiner Perkins. A empresa era quase desconhecida e, até então, fazia apenas pesquisas na área da biotecnologia. Valia US$ 40 milhões.

Janeiro de 2007. Melo se torna cofundador e CEO, cargo que ocupa até agora, e reposiciona a empresa. Hoje, a Amyris é uma gigante de biotecnologia, que desenvolve ingredientes sustentáveis para os mercados de saúde, bem-estar, beleza, fragrâncias e sabores, tem nove marcas de cosméticos e valor de mercado de US$ 1,7 bilhão. Se for somado o valor das marcas, fábricas, laboratórios e propriedade intelectual, o montante varia entre US$ 4 bilhões e US$ 5 bilhões.

Em maio deste ano, além da fábrica na Califórnia e do laboratório no Porto, em Portugal, a Amyris abriu sua primeira unidade industrial no Brasil, em Barra Bonita, no estado de São Paulo. Esse é um dos motivos que tem levado Melo a visitar o país com frequência.

Ele chega ao restaurante Varanda, na avenida Faria Lima, em São Paulo, vestido com terno cinza, camisa azul clara e sem gravata. Os cabelos brancos e curtos contrastam com a pele bronzeada. Melo nasceu na Ilha do Pico, nos Açores, e a família emigrou para os Estados Unidos quando ele tinha sete anos. “Era 1973, o salazarismo ainda dominava a política portuguesa e meu pai não via futuro lá”, conta, num curioso português, que carrega um sotaque americano e mistura palavras em inglês.

Ele chega ao restaurante Varanda, na avenida Faria Lima, em São Paulo, vestido com terno cinza, camisa azul clara e sem gravata. Os cabelos brancos e curtos contrastam com a pele bronzeada. Melo nasceu na Ilha do Pico, nos Açores, e a família emigrou para os Estados Unidos quando ele tinha sete anos. “Era 1973, o salazarismo ainda dominava a política portuguesa e meu pai não via futuro lá”, conta, num curioso português, que carrega um sotaque americano e mistura palavras em inglês.

Ao pedir uma água gelada com gás, dá risada e confessa que tem um português muito antigo, que é uma mistura, e já esqueceu a maior parte da língua. “A minha mãe é engraçada: fala uma palavra portuguesa e outra inglesa e teima que fala português e que não sabe falar inglês.”

No passaporte e na carteira de motorista o seu nome permanece o mesmo: João Gabriel Alves de Melo. Mas, na primeira parada da família, em Boston, onde convivia com a comunidade de imigrantes, especialmente italianos, uma forma de se integrar foi adotar John, nome que passou a usar nas relações e na carreira profissional.

A razão que o levou a deixar a indústria do petróleo para entrar na biotecnologia foi a possibilidade de criar em laboratório uma levedura utilizada na fabricação da vacina da malária. “Quando entrei para a empresa, morria mais de 1 milhão de crianças por ano com malária, especialmente na região sul da África. Ao pesquisar quem poderia nos dar dinheiro, o primeiro nome que surgiu foi o de Bill Gates, pois um dos focos da sua fundação é o combate à malária.” Daí que a Amyris obteve um aporte de US$ 42 milhões da Fundação Melinda e Bill Gates. “Na época não o conhecia, agora temos um encontro por ano para falar do projeto.”

Até 2012, o foco da Amyris era a biotecnologia e a ciência como pesquisa. Melo foi o fundador da área de comércio. “Levou muito tempo e muitos erros para chegarmos na empresa de hoje, focada em cosméticos e essências.” Entre os erros está uma tentativa de produzir uma molécula modificada, que poderia resultar num diesel renovável semelhante ao combustível fóssil. O projeto não foi adiante e as ações da empresa despencaram.

Melo tem ambição de ser líder global. “Alcançar um pequeno e um grande dá o mesmo trabalho” — Foto: Ana Paula Paiva/Valor

Há cerca de dez anos que o modelo atual, com marcas e produtos, começou a ser desenhado. A primeira marca de beleza foi a Biossance, lançada em 2016, e desde o início vendida na cadeia global Sephora. Seus principais concorrentes são grifes de luxo como Shiseido, Caudalie, Guerlain e Dior. Criada com investimento de US$ 65 milhões, vale atualmente US$ 1,2 bilhão.

Todas as marcas pertencem à categoria “beleza limpa”, com funções diversas e destinadas a públicos diferentes – de bebês a millennials, de homens a mulheres na menopausa – que pouco a pouco estão chegando ao Brasil. Além da Biossance, em breve será lançada aqui a Rose Inc., com produtos de maquiagem ecológicos, que tem como embaixatriz a atriz e supermodelo britânica Rosie Huntington-Whiteley.

O maior investidor da Amyris é John Doerr, que tem 30%. Doerr está entre os homens mais ricos do mundo, com fortuna estimada em mais de US$ 12 bilhões pela “Forbes”. “O objetivo do John não é criar marcas para vender”, diz Melo, que está entre os cinco maiores acionistas. “A maioria dos investidores quer retorno agora. O John quer valor a longo prazo, por isso está com a gente. Acho que a razão dele ser tão forte em capital de risco é porque não pensa no lucro que vai tirar este ano. O dinheiro é dele.”

Só neste ano, Melo diz ter recebido quatro ofertas para vender a Biossance. “Não estamos à venda. A pergunta mais comum que tenho de investidores é quando vou vender as marcas. Não estou criando pra vender, mas para operar, o que me move é que elas tenham um impacto positivo no consumidor e no planeta.” Mesmo assim, reconhece que embora pense muito em ser sustentável, no fim não quer fazer grandes sacrifícios em sua vida. “Assim é minha geração. Os jovens conscientes não, eles começam com sacrifícios, escolhem o que é melhor para sociedade e para o mundo.”

Nessa visão do impacto positivo, acredita que com US$ 50 milhões a US$ 60 milhões dá para desenvolver uma marca que dá lucro e tem valor de US$ 1 bilhão. Fora a beleza, a Amyris produz insumos para vacinas, vitaminas, probióticos, um adoçante feito a partir de uma molécula da stévia (o purecane) e muitas coisas mais, utilizadas por grandes multinacionais.

Ao falar em seu espectro de consumidores, Melo gosta de dizer que nos Estados Unidos um terço das pessoas está sempre usando algum produto feito pela empresa. “Ao comer chocolate ou usar perfume. Temos produtos espalhados em todos os continentes. Somos os maiores produtores do mundo de ingredientes sustentáveis para essas indústrias. Quem quer fazer algo sustentável tem que comprar insumos de uma empresa como a nossa, e a gente está vendo esse mercado crescer mais e mais.”

Meu objetivo não é só ter 10% do mercado, porque quero que mais de 10% dos consumidores façam uma escolha sustentável.”

John Melo, cofundador e CEO da gigante de biotecnologia Amyris

Sua percepção era de que essa opção por produtos sustentáveis demoraria uns dez anos para mudar. “Não, está mudando rápido e cada vez atingindo mais pessoas. Acho que o que eu imaginava que ocorreria em dez anos passou para cinco, porque o consumidor mudou muito rápido e pressiona as marcas.”

O objetivo da Amyris, diz Melo, é colocar a ciência a serviço de produtos sustentáveis. “As pessoas sempre dizem: nosso planeta está em risco o que o governo vai fazer? O que as empresas vão fazer? Nós, individualmente, é que escolhemos o que fazer todos os dias. Meu conceito é simples: vamos dar força a cada pessoa para escolher produtos melhores que contenham uma molécula sustentável, e que cada escolha do consumidor corresponda a um pequeno passo para que nosso planeta se mantenha. Não são os governos nem as indústrias… se esperarmos isso, o planeta vai acabar.”

Todos os produtos da Amyris são produzidos com ativos que reproduzem moléculas naturais desenvolvidas a partir da cana-de-açúcar. “Chamamos nosso processo de busca por um ativo de base natural e a maior parte da cana que usamos é certificada.” Isso é o que justifica a instalação da fábrica em Barra Bonita, onde se produz baunilha, pau-santo e patchuli.

Melo visitou plantações de cana no mundo inteiro buscando onde existia a melhor. No fim dessa pesquisa, escolheu o estado de São Paulo, por ter encontrado “o processo mais sustentável do mundo de plantio”. E também o clima, a chuva que vem no tempo certo para dispensar irrigação. “Aí fiz essa conexão. As pessoas não sabem disso, tanto que me perguntam: por que você não usa a cana da Austrália, da Colômbia, da Tailândia?” Também por isso, a fábrica está localizada ao lado da usina de açúcar da Raízen, uma das maiores do mundo.

Ali se produz a baunilha, que concorre com a que vem de Madagascar, na África. “Fazemos a nossa da cana-de-açúcar. A Europa, mais do que os EUA, consome muita baunilha de Madagascar e o preço dela tem subido muito nos últimos oito a dez anos.” Ao perceber isso, ele viu uma oportunidade. “As matas em Madagascar estavam sendo destruídas para produzir baunilha, e isso não dá. Como vamos ter um planeta sustentável se estão arrancando floresta para produzir baunilha? Então começamos a tentar fazer através de um processo de fermentação e, em vez de usar a planta da baunilha, usamos a cana, porque é abundante e sustentável.”

Melo está acompanhado por Camila Farnezi, diretora da Amyris para a América Latina, que o ajuda a escolher a carne, uma fraldinha grelhada sem gordura, acompanhada por arroz e farofa. Ele também pede batatas fritas. Quando chega o prato, comenta: “Olha que é carne bastante para levar o resto pro escritório… eu como carne apenas uma vez por semana.” Bem-humorado, conta que gosta de misturar alimentos saudáveis com outros que não são. “Adoro batata frita. Não pode ser tudo rígido.”

Arte: Valor Econômico

A ilha açoriana do Pico era muito rústica quando ele a deixou para trás, na década de 1970. “Havia poucos automóveis, meu meio de transporte era o cavalo. Juro. Com 5 anos eu acordava às 5h para ordenhar as vacas, antes de ir à escola.” Ao partir para os Estados Unidos, o pai largou terras e criação de gado. “Nos seis primeiros meses, vivemos na casa da minha avó, que já havia emigrado, num flat em Boston que tinha um quarto para nós. Ficamos lá em cinco pessoas, dormíamos no chão. Não era um apartamento, era um lugar que ficava em cima de um bar, numa rua perigosa.”

O ambiente em que o empresário foi educado era tradicional e muito rígido. O pai era um português à moda antiga. “Era aquele cara que dizia: sei que estamos vivendo nos Estados Unidos, mas debaixo do meu teto fala-se português, esta é a minha casa e não me importam os valores americanos.” Os pais eram operários: o pai trabalhava numa metalúrgica e e a mãe, numa confecção de uniformes para polícia e bombeiros.

“Sempre fui curioso e educado de uma maneira que eu sabia que não teria nada se não criasse. Meu pai não tinha dinheiro para comprar cartas ou brinquedos. Eu criava jogos para meu irmão brincar comigo porque era a única maneira que eu tinha de me divertir, de viver.”

A família já vivia na Califórnia quando o pai o colocou para trabalhar como jardineiro durante as férias. Depois de um ano e meio, propôs ao pai que criassem um negócio de jardinagem em vez serem apenas trabalhadores eventuais. “Com 14 anos comecei a vender o serviço. Eu administrava, conseguia clientes, e meu pai era o jardineiro. Até a morte dele, esse foi um negócio rentável para a família. Claro que aí não era mais ele o jardineiro.”

Depois Melo trabalhou como garçom e lavou louça em restaurantes até enveredar pela tecnologia. À noite se dedicava a entender o funcionamento do computador. Desmontava todo o aparelho e estudava seus componentes com material didático recebido pelo correio. Com esse conhecimento, começou a criar máquinas que não eram computadores, mas faziam diagnóstico dos computadores que havia nos carros. Assim abriu sua empresa, a Computer Aided Services, e, posteriormente, a Alldata Corporation. “Aos 26 anos já tinha vendido as duas.”

Melo tem 56 anos e três filhos – Joshua, de 32 anos, Sofia, de 29, e Vitória, de 25. Os três da mesma mãe, também açoriana. Sua casa é em Woodside, próxima a San Francisco, endereço de bilionários da tecnologia e gestores de investimentos, onde o preço médio das residências é acima de U$ 5 milhões. Também é sócio da vinícola The Napa Valley Reserve, onde são feitos vinhos com as uvas cabernet sauvignon e pinot noir. Suas ligações com Portugal, no entanto, permanecem. Nos últimos anos, vendeu sua casa nos Açores e comprou uma na Península de Tróia, perto da Comporta, lugar da moda no litoral português.

Sua rotina está distante do tédio. Viaja muito, metade do tempo, e ir a três continentes na mesma semana não é algo estranho para ele. “Esta semana fui para Tóquio, depois para Nova York, onde jantei no Fasano. Fiquei em reunião no dia seguinte antes de embarcar para São Paulo. Amanhã volto para San Francisco. Gosto de me conectar com as pessoas. O Zoom é bom para concluir um processo, não para começar um relacionamento.”

Os produtos da Amyris são vendidos em mais de 60 países. Na área de cosméticos, os mercados mais fortes são EUA, Japão, Coreia do Sul, China e França. Para essências, o maior cliente é a Suíça, porque as duas maiores empresas têm sede em Genebra.

Melo acredita que tudo é sorte. E também aceitar o que, às vezes, não parece fazer tanto sentido. “As portas estão sempre se abrindo, mas há pessoas que dizem: ah, mas essa porta não é certa para mim.” Além do mais, é preciso buscar oportunidades para abrir caminhos. Foi por isso que, no ano passado, comprou a marca de beleza Costa Brazil, que está em todos os hotéis do grupo Fasano e foi criada pelo brasileiro Francisco Costa, ex-diretor criativo da Calvin Klein.

“O Francisco tem conhecimentos muito profundos no mundo da moda. Fez vestidos para todas as atrizes. Pensei que se eu comprasse a empresa dele, todo o mundo iria saber que a Amyris está interessada no mundo da beleza.” Não deu outra. Pouco tempo depois, ele foi procurado pela atriz Naomi Watts, que tinha a ideia de uma marca para as mulheres na menopausa. Assim, foi criada a Stripes. “Ela me contou que a menopausa foi um desastre na vida dela e resultou em divórcio. Então, desenvolvemos uma marca autêntica, conectada com a realidade, com a história dela.”

O empresário fala bastante dessa conexão, mas sabe como é difícil separar marketing e realidade. Ainda mais no mundo da beleza, onde tudo começa com marketing. Por isso, ele tem trabalhado muito na escolha de um parceiro certo que tenha credibilidade junto ao consumidor. “Sempre penso onde há mercado e qual o melhor parceiro para alavancar uma uma marca nova – atrizes, modelos – para crescer mais rápido. Embora, na verdade, a prova final é a experiência real. O produto entrega o resultado ou não?”

Segundo ele, a maior receita da indústria de beleza não é obtida porque o consumidor repetiu a compra, mas porque foi experimentar um produto novo. É um moto-contínuo de tentar sempre algo novo. Isso justifica, também, a sua escolha da Sephora para entrar no mercado. “É uma loja de quase luxo, onde o consumidor vai descobrir marcas novas, portanto, foi muito interessante começar assim.”

Melo abre uma apostila e vai mostrando cada marca. A Eco Fabulous, de maquiagem para a geração Z e mais acessível, a 4U by Tia para cabelos, desenvolvida especialmente para o Wal-Mart, que visa outro público e será lançada no ano que vem. “Meu objetivo é criar uma L’Oréal sustentável”, diz, referindo-se a ter uma líder de mercado.

Não se trata de um objetivo pequeno. Ele argumenta: “Não vale viver com um objetivo pequeno. Alcançar um pequeno e um grande dá o mesmo trabalho. Então, por que investir tempo e energia se o investimento de capital é o mesmo? Por que se contentar com pouco resultado se posso trabalhar para mudar o mundo?”

Ele explica que seu objetivo não é tão delirante, pois a líder global tem apenas 10% do mercado de beleza. Ou seja, esse é um mercado bastante pulverizado, e há muito espaço para crescer.

Mas ele não se contentaria com apenas 10%, dá a entender em seguida. “Acho que nunca é assim, porque o novo para crescer e ficar tão bom quanto o que existe tem que ser muito maior e melhor. Meu objetivo não é só ter 10% do mercado, porque quero que mais de 10% dos consumidores façam uma escolha sustentável. A intenção é mudar o mundo e criar consumidores sustentáveis: não basta 2% ou 3% da população usar tua marca. Senão não muda nada.”

É por causa da pulverização do mercado que ele diz que no segmento da beleza há espaço para uma empresa nova. E também porque o valor agregado na indústria de beleza é muito alto e as margens de lucro, enormes. “Nossa margem na área de beleza é de 63% e é diferente conforme a marca. A Biossance nos EUA, por exemplo, tem margem bruta acima de 70%. Fora da indústria farmacêutica, uma margem dessas é muito rara. A margem é tão incrível que há espaço para uma empresa nova. Senão as indústrias que já estão lá há cem anos começariam a criar barreiras para uma nova entrar.”

Durante dez anos, Melo viveu em Londres como executivo da BP, onde desenvolveu vários projetos orientados para a sustentabilidade. Foi lá que lhe deram oportunidade para aprimorar sua formação, que era apenas superior incompleta, e a possibilidade de fazer cursos em Stanford e Harvard. “Aí comecei a estudar a economia global e a inovação.”

Foi ali que aprendeu que para a inovação existir é preciso uma conversa aberta para o que é possível e factível, porque a maior parte das conversas é a respeito do que não é possível. “Em geral nossas conversas são para decidir o que não se vai fazer. E um mundo que vive nessa conversa de negação nunca pode ter inovação. Essa foi a dinâmica que comecei a entender.”

Tempos atrás seria impensável para ele imaginar que estaria no mundo da beleza. “Nunca imaginei chegar aqui e também não tenho ideia nenhuma de onde vou chegar.” Ao ser lembrado da ambição de ser maior do que a L’Oréal, ele sorri: “Isso é verdade, mas isso é um passo, não a visão do todo”.

Ele já está atrasado para a próxima reunião. Deixa a maior parte da comida no prato e se despede depois de uma hora e quarenta minutos de conversa.

Por Maria da Paz Trefaut — Para o Valor Econômico, de São Paulo. Editado para corrigir informação de que cientistas que fundaram Amyris eram de Berkeley, não Harvard.

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