Dólar vai ficar mais caro na reta final de 2025, projeta banco gringo

Moeda americana deve voltar a ficar acima de R$ 6,00 no quarto trimestre

Enquanto os fatores globais devem continuar a ser o principal direcionador do mercado doméstico de câmbio no curto prazo, o real deve voltar a se desvalorizar na reta final do ano, quando a atenção dos investidores pode se voltar para as eleições de 2026 e um possível aumento dos gastos públicos pelo governo.

O apontamento é feito pela estrategista Andrea Kiguel, do Barclays, que espera que o dólar se mantenha abaixo do nível psicologicamente importante de R$ 6 ao menos até o terceiro trimestre do ano, mas vê a moeda americana a R$ 6,10 no fim de 2025.

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Por que dólar vai subir?

“O ambiente externo mais favorável tem sido um fator chave para quebrar o ciclo vicioso nos mercados locais. Nada mudou muito internamente; no entanto, os mercados estão mais bem preparados para choques negativos, já que o Banco Central agiu decisivamente, construindo ‘carry’ no câmbio e isso ajuda, desde que as taxas não permaneçam muito altas por muito tempo, o que ainda é um risco”, avalia Kiguel.

Em nota enviada a clientes, ela aponta, no entanto, que a âncora fiscal continua fraca e que há pouca expectativa de qualquer ajuste estrutural no arcabouço.

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“Esperamos a maior parte da fraqueza [do real] no fim do ano, quando os mercados podem pensar nas eleições e no aumento da tentação [do governo] em gastar mais”, diz a estrategista, ao projetar o dólar a R$ 5,70 no fim do primeiro trimestre; a R$ 5,80 em junho; a R$ 5,95 em setembro; e a R$ 6,10 no fim do ano, mesmo nível projetado para março de 2026.

E como fica a taxa Selic?

Em relação ao mercado de juros, Kiguel observa que o rali de alívio do real, sinais de estabilização das expectativas de inflação, um crescimento que começa a mostrar alguma moderação e dois cortes nos juros americanos neste ano “devem dar ao BC uma janela para encerrar o ciclo de alta nos próximos meses”.

A estrategista nota, ainda, que a correlação entre o real e os juros futuros continua alta e que os dois mercados “continuarão a ser uma função do ambiente global no curto prazo, especialmente com o ciclo do BC se aproximando do fim”.

Para ela, porém, na medida em que a incerteza sobre a primeira redução na Selic continua elevada, “é muito cedo para negociar isso, e tudo se resumirá ao real e se o crescimento desacelera”.

Nesse sentido, a estrategista do Barclays avalia que os juros brasileiros devem oscilar dentro de uma faixa no curto prazo, equilibrando tanto os riscos internos quanto os externos.

Com informações do Valor Econômico

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