China autoriza reabertura de escritórios e lojas em Shenzhen após lockdown

Cidade é a sede de algumas das maiores empresas do país, entre elas Huawei, BYD Auto, Tencent e WeChat

Autoridades da China autorizaram nesta segunda-feira a reabertura de lojas e escritórios em Shenzhen, após uma semana de lockdown por causa de um novo surto de covid-19.

Enquanto isso, as cidades de Changchun e Jilin, no nordeste do país, iniciaram uma nova rodada de testes de toda a população após um aumento nas infecções. Jilin reforçou as restrições de combate à covid-19 e colocou seus 2 milhões de habitantes em confinamento.

A Comissão Nacional de Saúde da China registrou 2.027 novos casos de covid-19 no domingo. Desse total, 1.542 foram detectados na província de Jilin, onde estão as cidades de Jilin e Changchun.

Com o avanço da variante ômicron do coronavírus, a China está reavaliando a estratégia que ficou conhecida como “covid zero” para tentar amenizar o impacto econômico e social das medidas de controle do vírus.

O governo de Shenzhen, um importante centro financeiro e de tecnologia que fica perto de Hong Kong, anunciou hoje que escritórios de empresas e do governo foram autorizados a reabrir, enquanto as autoridades trabalhavam para impedir um novo aumento de contágios. Os serviços de metrô e ônibus, que estavam parados, voltaram a funcionar.

Na semana passada, a cidade de 17,5 milhões de habitantes entrou em lockdown. Todas as empresas foram fechadas, exceto as essenciais. Os moradores foram orientados a ficar em casa para evitar que o vírus se espalhasse.

Shenzhen é a sede de algumas das maiores empresas da China, entre elas a fabricante de equipamentos de telecomunicações Huawei, a montadora de carros elétricos BYD Auto e a Tencent, operadora do popular serviço de mensagens WeChat.

Em paralelo, a Disneylândia de Xangai foi fechada até novo aviso nesta segunda-feira. Mais 24 casos de covid-19 foram registrados na cidade de 24 milhões de habitantes hoje, de acordo com as autoridades de saúde. Moradores postaram fotos das ruas e metrôs vazios em um horário em que normalmente há grande movimentação.

As restrições geraram preocupação de que o comércio pudesse ser interrompido se os portos pertos de Xangai e Shenzhen, que estão entre os mais movimentados do mundo, fossem afetados. Analistas também temiam os efeitos da interrupção de funcionamento das empresas em Shenzhen e Changchun, especialmente no setor de tecnologia.

Tangshan, centro da indústria siderúrgica chinesa a leste de Pequim, impôs restrições no domingo e decidiu permitir apenas que veículos de emergência se movimentem pela cidade. A medida foi uma resposta à detecção de sete casos na região, segundo a imprensa estatal.

Com Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor Econômico

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