MRV&Co (MRVE3) tem queda de 57% do lucro líquido no 1º tri, na base anual, para R$ 30,6 milhões

Empresas citadas na reportagem:
A holding MRV&Co (MRVE3), que abrange a operação de incorporação no Brasil, com as marcas MRV e Sensia, além da subsidiária norte-americana Resia, a loteadora Urba e a empresa de prédios residenciais para locação Luggo, registrou lucro líquido de R$ 30,6 milhões no primeiro trimestre, recuo de 57,1% ante o mesmo período de 2022.
Apesar disso, foi uma recuperação ante os R$ 333 milhões de prejuízo líquido reportados no quarto trimestre.
A receita líquida da holding atingiu R$ 1,7 bilhão entre janeiro e março, patamar estável ante um ano atrás. A margem bruta ficou em 20,9%, aumento de 1,1 ponto percentual no mesmo intervalo.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) acumulado dos últimos 12 meses ficou em R$ 674 milhões, queda de 52,1%.
A holding teve queima de caixa de R$ 789 milhões no primeiro trimestre, volume 3,5% menor do que há um ano. Os lançamentos somaram R$ 982 milhões em valor geral de venda (VGV), recuo de 43,6% ante o primeiro trimestre de 2022. Já as vendas líquidas subiram 4,3% no período, para R$ 1,8 bilhão.
Entre os segmentos de atuação, a incorporação nacional (MRV e Sensia) foi a única com lucro líquido positivo, de R$ 95,8 milhões, incremento de 253,8% ante o resultado do primeiro trimestre de 2022.
Houve alta de 1,2 ponto percentual na margem bruta do segmento, que bateu 20,6%.
A margem de novas vendas da incorporação atingiu 30,5%, alta de 7,5 pontos percentuais sobre um ano atrás.
Ricardo Paixão, diretor-financeiro do grupo, afirma que a margem bruta deve continuar subindo e fechar o ano em 25% ou 26%, em linha com o guidance dado pela companhia.
O objetivo da MRV é elevar a margem de novas vendas para 33% até o fim do ano. Para isso, a estratégia é aumentar o preço das unidades em cinco pontos percentuais sobre a inflação, diz Paixão. Ele analisa que há espaço para que esse aumento seja absorvido.
A Resia teve prejuízo líquido de R$ 44 milhões, ante um lucro de R$ 61 milhões no início de 2022. A empresa não vendeu empreendimentos no trimestre, o que prejudicou seus resultados, mas o executivo afirma que isso deve ocorrer nos demais períodos deste ano.
A Urba apresentou prejuízo líquido de R$ 14,4 milhões, aumento de 1,4% sobre o primeiro trimestre do ano passado. A Luggo teve prejuízo de R$ 7,3 milhões, volume 237,9% maior do que há um ano.
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