Apple dispara 15% na Nasdaq após Trump sinalizar com possível isenção de impostos

Trump quer que as empresas transfiram sua produção para os EUA e está usando as tarifas como uma forma de acelerar esse processo

Empresas citadas na reportagem:

As ações da Apple dispararam nesta quarta-feira (9) depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, indicou que poderá isentar de impostos algumas empresas alocadas em território americano.

Pela tarde, o republicano também anunciou um aumento da tarifa a ser cobrada pelos EUA dos produtos chineses — agora, em 125% — e uma redução para 10% das taxas sobre os outros países.

“Para as ações de tecnologia, esse foi um alívio muito necessário, que afastou as ações e o mercado da beira do abismo, embora a China continue sendo a maior variável relacionada à Apple e à cadeia de suprimentos como um todo”, escreveu o analista Dan Ives, da Wedbush, nesta quarta.

O S&P 500 subiu 9,3% na tarde de hoje, enquanto o Nasdaq Composite, focado em tecnologia, saltou 12%.

As ações da Apple fecharam em alta 15,33%, a US$ 198,85. A Apple não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

Trump pressiona por transferência de empresas para os EUA

Trump quer que as empresas transfiram sua produção para os EUA, e está usando as tarifas como uma forma de acelerar esse processo.

Ele fez o seguinte post na rede social Truth Social, na manhã desta quarta: “Este é um excelente momento para transferir sua empresa para os Estados Unidos da América, como a Apple e tantas outras estão fazendo, em números recordes.”

No entanto, é improvável que a Apple passe por uma reestruturação completa.

“Embora a Apple possa encontrar mão de obra para montar iPhones nos EUA, uma parte significativa dos subconjuntos ainda seria fabricada em outros lugares, montada na China e importada para os EUA”, escreveu o analista da BofA Securities, Wamsi Mohan.

“Isso porque, embora seja possível transferir a montagem final para os EUA, mover toda a cadeia de suprimentos do iPhone seria um esforço muito maior e provavelmente levaria muitos anos, se é que seria possível.”

*Com informações do Valor Econômico

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