Fundos imobiliários: com alta da Selic, ganhos ficam mais difíceis
Taxa de juros na casa dos dois dígitos e inflação ainda persistente são desafios para o segmento

A decisão do Banco Central de elevar a taxa básica de juros da economia, a Selic, de 7,75% para 9,25% ao ano, na última quarta-feira, na sétima alta seguida, pesa sobre a indústria de fundos imobiliários, em um ano tão difícil para o segmento quanto foi 2020.
Com a Selic no maior patamar desde 2017 e se aproximando de dois dígitos, o cenário é “bastante desafiador pensando na renda variável em geral”, diz Caio Ventura, analista da Guide Investimentos.
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No acumulado do ano, o Ibovespa cai 9,78%, enquanto o Ifix, índice de fundos imobiliários, mostra perda de 6,84%. “Basicamente, o que aconteceu é que o estrago já foi feito”, diz André Freitas, presidente da Hedge Investments. Ele conta que essa construção de resultado vem se estendendo desde o segundo trimestre deste ano, em um movimento de reversão do juro de 2% que se viu ao longo de todo 2020, intervalo em que o Ifix registrou queda de 10,24%.
Ele entende que, agora, o fator determinante para a indústria de fundos imobiliários será aguardar sinais do BC sobre quando o ciclo de aperto monetário vai chegar ao fim. “Estamos com uma inflação de 10,7% no acumulado dos últimos 12 meses e atingimos um juro de 9,25% ao ano, então ainda estamos correndo atrás da inflação”, pontua.
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