Reajuste do plano de saúde: veja o que esperar como investidor

Analistas de Itaú BBA, Citi e BTG têm expectativa de crescimento de tíquete médio dos operadores de saúde para o atual portfólio de clientes com até 29 beneficiários. Os analistas mantêm recomendação de compra para as operadoras de saúde que estão na bolsa de valores, com destaque para Hapvida (HAPV3) e Rede D’or (RDOR3).

O contexto para as análises atuais sobre os principais planos de saúde leva em consideração a perspectiva de reajustes. Mas não apenas isso.

O Itaú BBA destaca que os operadores têm apresentado “sólidas melhorias operacionais nos últimos trimestres”. Contudo, o banco destaca que por enquanto não prevê “nenhuma mudança nas estimativas para nenhuma empresa”.

No que diz respeito especificamente sobre os aumentos, apesar da alta de preços esperada ser de 15%, ela representa desaceleração em relação ao aumento de 16% em 2024. O BTG, por exemplo, diz que já esperava alguma desaceleração na alta dos preços.

Portanto, do ponto de vista de quem investe, a expectativa era de reajustes mais intensos para “compensar melhor o aumento de ações judiciais no setor”.

Aumento nos planos de saúde

No caso da Hapvida, segundo o BBA, os reajustes do plano de saúde na média para menos de 30 vidas serão de 11,5% para a HAM e 15,2% para a NDI Saúde.

A HAM é a subsidiária responsável pelas operações nas regiões Nordeste, Norte, Centro-Oeste e parte do interior do estado de São Paulo. Já a NDI Saúde abrange as regiões metropolitanas de São Paulo e Rio de Janeiro e arredores, juntamente com a NDI Minas Gerais.

“As taxas anunciadas são uma boa proxy para o crescimento médio esperado do tíquete para o portfólio atual de PMEs”, diz o BBA.

Os contratos com PMEs representam algo perto de 15% do total de beneficiários de planos de saúde no Brasil. Nesse segmento, a exposição da Hapvida é maior: 18%.

Já o Citi aponta crescimento de 13% para os planos PME da Sulamérica, que pertence à Rede D’Or (RDOR3). A Porto (PSSA3) ainda não tem projeção.