Preços da Petrobras pressionam empresas de etanol: o que investidor de Raízen e São Martinho deve fazer?

Empresas como Raízen (RAIZ4) e São Martinho (SMTO3) têm receita em xeque com preços da Petrobras em queda

Empresas citadas na reportagem:

A Petrobras (PETR3; PETR4) anunciou mais uma queda no preço do diesel, resultado do arrefecimento da pressão sobre os preços do petróleo no mercado global. Com isso, outras empresas da bolsa são afetadas indiretamente, como por exemplo a Raízen (RAIZ4) e a São Martinho (SMTO3).

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As duas companhias produzem etanol, que acompanha o preço do petróleo. E, por isso, têm seus atuais patamares de receita questionados. “O principal risco para os preços do etanol são os preços mais baixos do petróleo e, consequentemente, os preços potencialmente mais baixos da gasolina”, alerta o BofA em relatório.

Mesmo assim, o banco vê Raízen (RAIZ4) e São Martinho (SMTO3) como boas oportunidades de compra. A queda das empresas em 2025 oscila em torno de 19%. Isso abre uma janela de oportunidade para quem deseja manter o papel e esperar o novo ciclo de alta tanto do etanol quanto do açúcar.

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“Mantemos nossa recomendação de compra”, diz o BofA. O banco ainda vê relação positiva quando o assunto é preço/lucro de Raízen e São Martinho.

A título de comparação, a companhia vê esses dois ativos como mais oportunos que outras ações do agronegócio brasileiro, como as da Minerva, Marfrig, M.Dias Branco, Camil e Três Tentos.

Preços da Petrobras para o diesel têm queda progressiva

A Petrobras anunciou no último dia 5 que o preço do diesel A para as distribuidoras passará a ser, em média, de R$ 3,27 por litro. Isso significa redução de R$ 0,16 por litro. Assim, se contar desde dezembro de 2022, os preços de diesel para as distribuidoras caíram 27,2%.

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Gasolina e etanol

O impacto da queda do petróleo sobre o preço da gasolina ainda não chegou, mas está no horizonte. Os preços do petróleo caíram 25% em reais no acumulado do ano. Por outro lado, a gasolina no varejo subiu 3% no mesmo período.

O BTG afirma que os preços da gasolina da Petrobras (PETR3; PETR4) estão com prêmio de 9% em relação aos valores internacionais. Assim, há espaço para a estatal brasileira reduzir o preço.

Nesse sentido, o caminho natural é o de que o etanol também seja afetado com a queda. Além disso, o açúcar deve enfrentar período de deflação.

A projeção do BofA é que os preços do açúcar caiam até 10% no mercado global em 2025.

A produção global da commodity deve sair de um déficit de 3,5 milhões de toneladas em 2024/25 para superávit de 0,5 milhão de tonelada em 2025/26. “Brasil, Tailândia e Índia contribuirão para esse cenário, com a produção combinada dos três países devendo aumentar em 7,5 milhões de toneladas em relação ao ano anterior”, explica o banco.

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