Quais são as cinco maiores ações dos EUA? Vale a pena investir em alguma delas?
- Apple, Microsoft, Nvidia, Amazon e Alphabet lideram o ranking das maiores ações dos EUA.
- Embora sejam empresas sólidas, especialistas não as recomendam como as melhores opções de investimento atualmente.
- Resultados recentes surpreenderam positivamente, com Alphabet e Microsoft reportando lucros acima das expectativas.
- Amazon e Apple, apesar de lucros acima do esperado, sofreram quedas após divulgação dos dados.
- A política tarifária de Trump representa um risco para essas ações.
- Investimento possível via BDRs na B3, corretoras internacionais ou ETFs.
Empresas citadas na reportagem:
Será que vale a pena investir em alguma das maiores ações dos Estados UNidos neste momento? E quais são essas ações? “Atualmente, esse ranking é formado pelas gigantes Apple, Microsoft, Nvidia, Amazon e Alphabet, nessa ordem”, destaca Marcelo Boragini, especialista em renda variável da Davos Investimentos. Ou seja, estamos falando, sim, das cinco magníficas.
Empresa | Valor de mercado |
Apple | US$ 3,14 trilhões |
Microsoft | US$ 2,91 trilhões |
Nvidia | US$ 2,71 trilhões |
Amazon | US$ 2 trilhões |
Alphabet | US$ 1,98 trilhões |
Vale a pena investir nas maiores ações dos EUA agora?
E vale a pena investir nas empresas mais valiosas dos Estados Unidos nesse momento? Essa não é uma resposta tão fácil. Henrique Vasconcellos, sócio e analista da Nord Investimentos, pondera que todas as cinco têm qualidades e estão entre as maiores dos EUA e do mundo por muitos motivos. “No entanto, nenhuma está recomendada nas carteiras que temos na casa”, diz ele.
O motivo é compreensível.
“Montamos as carteiras com um número restrito de empresas e colocamos ali aquelas que representam as melhores oportunidades”, explica.
Na prática, significa que as magníficas são boas ações, mas existem papéis melhores no momento, justamente porque apresentam maior potencial de ganhos. “Se eu tivesse uma carteira com 30 recomendações, elas fariam parte”, diz ele.
Resultados acima do esperado
Boragini também faz ponderações. De acordo com o especialista, as cinco ações são boas em termos de fundamento e são líderes em seus setores e negócios resilientes mesmo em períodos de volatilidade.
Lembra ainda que estamos no meio da temporada de balanços tanto nos EUA quanto no Brasil e que é interessante prestar atenção nesses números.
“Alguns resultados têm surpreendido o mercado positivamente, como os da Alphabet”, diz ele.
De acordo com o especialista, a empresa reportou resultado bem acima da expectativa, com aumento de 12% na receita total em relação ao mesmo período do ano anterior.
O lucro por ação também ficou acima do esperado. “A expectativa era de lucro de US$ 2,01 e veio US$ 2,81”, afirma. Para completar, ainda anunciou aumento de 5% nos dividendos e recompra das ações na ordem de US$ 70 bilhões. “Quando a empresa anuncia recompra de ações, ela quer dizer que os papéis estão baratos, é um ponto que vale observar”, ressalta.
Microsoft é outro caso que superou as expectativas do mercado. Segundo dados anunciados em 1° de maio, a empresa aumentou seu lucro em 17,7% no terceiro trimestre fiscal, para US$ 25,8 bilhões, em relação ao anterior. O lucro foi de US$ 3,46 quando diluído por ação, acima do previsto.
No mesmo dia, Amazon e Apple também divulgaram lucros acima do esperado, mas tiveram ações em queda logo após a publicação dos dados. Os papéis da Amazon chegaram a cair 5% e os da Apple registraram queda de 2,2% no pós-mercado em Nova York.
Impacto das tarifas
Então, no final das contas, esse é um bom momento para comprar esses papéis? Não necessariamente. Segundo o especialista em renda variável da Davos Investimentos, há um ponto de atenção importante. “As cinco maiores ações dos EUA ainda podem ter quedas em consequência da política tarifária do presidente Donald Trump”, diz ele.
Ou seja, os especialistas não negam que sejam boas ações, mas também não garantem que estejam entre as melhores oportunidades.
Como investir nas maiores ações dos EUA
Quem quiser investir nas maiores ações dos EUA estando no Brasil pode acessar os papéis por meio de BDRs negociados na B3. “Também é possível investir diretamente nos Estados Unidos, por meio de uma corretora internacional”, explica Boragini.
E, para quem preferir, ele ainda aponta a possibilidade de investir por meio de ETFs, que são os fundos negociados na bolsa que replicam determinados índices e permitem uma posição diversificada nessas empresas. Caminhos não faltam.
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