Disparada do Bradesco (BBDC4) puxa altas de Itaú (ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3)
A subida em bloco dos grandes bancos também apoiava o avanço do Ibovespa na sessão desta quinta-feira (8)
As ações do Bradesco (BBDC4) lideravam a ponta positiva do Ibovespa na sessão desta quinta-feira (8). A disparada dos papéis vem após o banco divulgar resultado melhor que o esperado no 1º trimestre de 2025.
O desempenho positivo no período reforça a tendência de melhora gradual e os avanços do plano de transformação do Bradesco. O CEO do banco, Marcelo Noronha, mostrou otimismo e admitiu a possibilidade de mudança nas previsões para o ano.
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As ações dos outros grandes bancos, como Itaú (ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3), também avançavam na esteira do Bradesco. O setor financeiro sustentava a alta firme do Ibovespa no pregão.
Ibovespa opera com fim do ciclo de alta da Selic no radar
O Ibovespa subia impulsionado pela perspectiva de que o ciclo de alta da Selic está próximo do fim. Na véspera, o Copom aumentou a taxa básica de juros em 0,50 ponto percentual, de 14,25% para 14,75% ao ano
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O comitê, na avaliação geral do mercado financeiro, deixou os próximos passos em aberto, inclusive uma pausa na elevação dos juros.
No exterior, os Estados Unidos anunciaram acordo comercial com o Reino Unido. A expectativa de mais acordos comerciais também impulsiona o apetite por ativos de risco.
Hora de comprar ações brasileiras?
Ao considerar a proximidade do fim do ciclo de aperto monetário, o Bradesco BBI elevou a recomendação das ações brasileiras para “overweight”, o equivalente a compra, e citou, ainda, o movimento global de rotação de portfólio como um fator que pode dar apoio à bolsa doméstica.
Na avaliação do banco, embora as preocupações fiscais persistam, os temores têm diminuído e o contexto favorece as ações locais.
Há um otimismo do BBI, em particular, com ações cíclicas, como Energisa e XP, que foram recentemente incorporadas ao portfólio. A estratégia ofensiva segue concentrada em papéis sensíveis à taxa de juros, como Assaí e Localiza.
Bem como empresas ligadas ao mercado de capitais, como BTG Pactual; e estatais, como Petrobras e Banco do Brasil. Por outro lado, houve redução nas posições defensivas, como Itaú, que vinha se beneficiando do ambiente de juros mais altos.
Gatilhos para alta da bolsa de valores
A queda dos juros e as eleições são os dois grandes fatores que dão apoio às ações no Brasil, na avaliação dos estrategistas do banco. Para eles, os dois vetores são mais significativos que o normal e ainda não estão precificados pelos investidores.
Na visão do banco, o ciclo de aperto da Selic provavelmente atingiu o pico com a decisão de quarta, quanto a taxa alcançou 14,75%, e, agora, a perspectiva é de que um ciclo de flexibilização monetária tenha início a partir de dezembro.
“Isso pode desencadear uma forte rotação setorial. Além disso, as eleições de outubro de 2026 devem começar a entrar no ‘radar de desconto’ dos investidores em breve. Historicamente, esse período tende a gerar retornos expressivos, independentemente de quem vença”, destacam os estrategistas.
Com informações do Valor Econômico