Equatorial (EQTL3) deve pausar vendas de ativos, diz CEO: “Está de bom tamanho”

- A Equatorial (EQTL3) deve pausar a venda de ativos, segundo seu CEO, Augusto Miranda.
- A venda de ativos de transmissão por R$ 9,4 bilhões reduzirá o endividamento.
- A relação dívida líquida/Ebitda cairá de 3,5 para 2,9 vezes.
- A empresa busca novas oportunidades em saneamento e distribuição.
- Metade da dívida da Equatorial é referenciada ao CDI, e a outra metade ao IPCA+.
Empresas citadas na reportagem:
A Equatorial (EQTL3) deve pausar as vendas de ativos, sinalizou nesta quarta-feira (9) o presidente executivo da holding de serviços públicos, Augusto Miranda.
A Equatorial Energia anunciou, na semana passada, a venda de seus ativos de transmissão para a Verene Energia, empresa do grupo canadense Caisse de dépôt et placement du Québec (CDPQ), por R$ 9,4 bilhões.
De acordo com Miranda, essa operação vai permitir a redução do nível de endividamento da companhia.
A Equatorial fechou 2024 com relação dívida líquida/Ebitda em 3,5 vezes. Agora, esse índice deve cair para 2,9 vezes.
Ebitda é sigla em inglês para lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização e é frequentemente usado por analistas como um indicador de desempenho operacional.
“Já tínhamos vendido outros ativos nesse setor. Agora achamos que está de bom tamanho”, disse Miranda.
Depois desse anúncio, a ação da empresa (EQTL3) subiu quase 4%, sendo um dos poucos ativos na B3 que resistiu, na última semana, à turbulência causa da guerra comercial iniciada pelos Estados Unidos.
Equatorial está atenta a ativos em saneamento e distribuição
Miranda explicou ainda que cerca de metade da dívida do grupo tem como referência o CDI (posfixado), com os outros 50% em IPCA+.
De acordo com o executivo, isso pode abrir oportunidades para aquisições, em especial nos setores de saneamento e distribuição.
“Estamos razoavelmente tranquilos para novas oportunidades”, afirmou o CEO da Equatorial.
A Equatorial, que no ano passado venceu o leilão para compra de 15% da Sabesp (SBSP3), disse que a empresa paulista de saneamento deve investir R$ 14,8 bilhões dentro do plano de universalização de acesso á água até 2029.
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