Magalu (MGLU3), Telefônica Brasil (VIVT3) e mais: as 10 ações recomendadas para investir em abril

Bancos trocam perfil de carteiras para investir em ações para aproveitar impulso do Ibovespa no ano; veja 10 recomendadas para abril
🤖 Leia o resumo feito pelo Flash, nossa ferramenta de Inteligência Artificial
  • Bancos recomendam ações de setores domésticos como Telefônica Brasil (VIVT3) e Magazine Luiza (MGLU3) para abril.
  • Santander inclui CCR (CCRO3) e Itaúsa (ITSA4) na carteira, buscando retornos acima da inflação e desconto na holding.
  • BB Investimentos aposta em Magazine Luiza (MGLU3), Prio e Petrobras, adicionando ‘pimenta’ ao portfólio.
  • BTG Pactual recomenda Nubank (ROXO34), Eneva (ENEV3) e Mercado Livre (MELI34), diversificando a carteira.
  • XP Investimentos escolhe BRF (BRFS3), apostando em performance e valuation atrativo no setor de frigoríficos.
  • Ágora Investimentos recomenda Assaí (ASAI3) e BTG Pactual (BPAC11), destacando resiliência e diversificação de receita.
LER RESUMO

Empresas citadas na reportagem:

O mercado financeiro mudou o tom das carteiras de ações recomendadas para investir em abril. Antes, a lista de bancos como Itaú BBA, Safra, Banco do Brasil e BTG estava mais voltada para aproveitar o dólar mais forte exposta a ativos que ganham com a depreciação cambial, como exportadoras.

Agora, bancos mudam as escolhas para aproveitar setores domésticos, como Telefônica Brasil (VIVT3) e Magazine Luiza (MGLU3).

Ao mesmo tempo, os bancos recomendam ao investidor apimentar a carteira com ativos menos defensivos. O Santander, por exemplo, deixou de lado a preferência por Banco do Brasil (BBAS3) e optou por incluir os papéis da concessionária de rodovias CCR (CCRO3). Em energia elétrica, o BTG trocou a Eletrobras e a Sabesp.

Confira a seguir 10 ações de setores diferentes recomendadas para investir em abril.

1. Telefônica Brasil (VIVT3)

O Banco Safra buscou diminuir a exposição a ações cujas empresas têm receita em dólar, reduzindo o efeito do câmbio na carteira de recomendas.

Analistas do banco, assim, reforçou de recomendação para investir nas ações da Telefônica Brasil (VIVT3) em abril. A operadora de telecomunicações ganhou peso na lista em detrimento da diminuição de exposição na Suzano (SUZB3).

“Para abril, resolvemos reduzir a correlação do portfolio com a taxa de câmbio”, disse o Safra. “Portanto, estamos realizando somente um ajuste de peso ao reduzirmos a exposição à Suzano e aumentar o peso da Telefônica Brasil”, continuou o banco.

O Safra vê a troca como forma de diminuir a volatilidade da carteira para o mesmo patamar de março.

Assim, o setor de papel e celulose passou a ter contribuição de 10% para 8% da carteira de ações recomendadas. Telecomunicações ganhou 2 pontos percentuais, de 10% para 12%, por outro lado.

2. Magazine Luiza (MGLU3)

O BB foi no caminho oposto do Safra. O banco, que tradicionalmente reproduz cinco recomendações de investir em ações todo mês, trocou todas entre março e abril.

O destaque vai para as ações do Magazine Luiza (MGLU3). Para analistas do BB, o papel entra como pimenta extra ao lado de papéis de óleo e gás.

Ao lado de Magalu, por exemplo, o BB incluiu Prio e Petrobras na carteira para abril. Como cada ação possui peso igual na lista, a varejista tem o mesmo impacto das ações das petroleiras no portfólio do BB.

As ações do Magazine Luiza (MGLU3) ensejam movimento de alta neste ano. O papel sobe 56,3% no ano, impulsionado por resultado de quarto trimestre visto como positivo pelos investidores, assim como pela alta da bolsa brasileira no primeiro trimestre.

Mas a ação tem gatilhos que podem reforçar a operação ou levar a BB Investimentos a vender o papel. venda, aponta a BB Investimentos. O primeiro gatilho positivo de Magazine Luiza ON (MGLU3) se situa em R$ 13,19. Se o papel cair para R$ 8,78, o BB interrompe a operação e realiza perdas.

3. Nubank (ROXO34)

Após forte queda na temporada de balanços, as ações do Nubank entraram no radar de preferências do BTG Pactual para investir em abril. O BDR (ROXO34) do banco digital listado na bolsa local, por sua vez, recua 9,14%.

O BTG escolheu a ação do Nubank para substituir outro papel do setor financeiro da carteira, o da B3 (B3SA3). A troca ocorre pela valorização do ativo da custodiante da bolsa em março, aponta o banco, de 16%.

“O NU (ações do Nubank) caiu 23% em dólar nos últimos 6 meses e agora (o preço da ação) está sendo negociado 20 vezes (o lucro por ação) para 2025, o que parece atraente considerando as promissoras perspectivas de crescimento do banco”, disseram analistas do BTG.

“Nos últimos meses, reduzimos nossa exposição a exportadores e removemos as empresas puramente
pagadoras de dividendos. Por outro lado, aumentamos nossa exposição a empresas de serviços básicos e nomes do setor financeiro com beta mais alto (primeiro a B3 e agora o Nubank)”, afirmaram.

4. CCR (CCRO3)

A CCR (CCRO3) entrou na carteira de onde investir em ações do Santander para abril. A concessionária de rodovias e dona da linha 4 amarela do metrô de São Paulo pode oferecer retornos aos acionistas acima da inflação, aponta o banco espanhol.

Isso porque a taxa de retorno sobre investimento de seus projetos de infraestrutura é de 13,4%, o que implica em um retorno de 5,8% acima do título de renda fixa Tesouro Direto IPCA+ com prazo de 10 anos, mostra o Santander.

“Ademais, a participação em novos leilões e reciclagem de ativos (transação estratégica no negócio de aeroportos ou venda de uma participação em ativos maduros) poderia gerar valor adicional”, disseram analistas.

Para 2025, o Santander aguarda crescimento de 7% da receita e alta de 12% no lucro operacional da CCR, “devido ao aumento de novos projetos rodoviários e ao crescimento geral esperado do tráfego”.

5. Itaúsa (ITSA4)

A Itaúsa (ITSA4) também entrou na carteira de ações recomendadas do Santander para abril. Holdings tiveram destaque dos bancos para preferências como um todo, porque o Safra manteve ela na carteira. Bradespar entrou na recomendação do BB.

Para o Santander, a Itaúsa apresenta a oportunidade de investir no Itaú com “com um desconto significativo”. Analistas consideram que a holding de investimentos dona de Alpargatas e Dexco, além do Itaú, opera com deságio de 25% entre seu valor de mercado e o de suas controladas. O patamar está acima da média histórica dos últimos dois anos, de 21%.

A previsão, de acordo com o Santander, é que o chamado desconto de holding da Itaúsa diminua.

“Se estivermos certos sobre a retomada dos fluxos estrangeiros para o Brasil, acreditamos que os investidores estrangeiros tendem a favorecer ITSA4 em vez de ITUB4, dada a melhor governança corporativa por meio da exposição às ações ordinárias do Itaú (ITUB3)”, comentaram analistas.

A reforma tributária também deve melhorar a eficiência de tributos pagos pela Itaúsa ao receber lucro próprio do Itaú. Hoje, a holding paga PIS/COFINS sobre o montante.

6. Assaí (ASAI3)

A Ágora Investimentos resolveu apostar nas ações do Assaí (ASAI3) para abril, mais uma sinalização ao varejo dos bancos brasileiros.

“O Assaí consegue entregar consistentemente alta produtividade de vendas, tem um forte perfil de geração de caixa operacional e o maior ROIC (retorno sobre capital investido) do setor, apesar de ser a empresa mais exposta à concorrência”, disse a Ágora.

A corretora considera que o papel da rede atacadista é um dos poucos na bolsa capaz de entregar “assimetria positiva em caso de qualquer alívio no resultado fiscal” do Brasil.

“Prevemos que, em algum momento nos próximos 3 a 6 meses, os investidores podem ver uma taxa de juros mais normalizada e um cenário de crescimento dos lucros à frente, implicando um potencial de valorização para a ação.”

7. Eneva (ENEV3)

O BTG Pactual alinhou a recomendação de Eneva (ENEV3) para investidores em abril.

Na visão do banco, vale a pena investir em ações da geradora de energia por usinas termoelétricas pela aposta de renovação de ativos em leilões do Ministério de Minas e Energia (MME3). A Eneva deve disputar no meio do ano o leilão para linha de reservas do SIN (Sistema Interligado Nacional).

O BTG acredita que “o leilão de capacidade de reserva de junho poderia funcionar como um gatilho relevante para as ações”.

“Ela é negociada a uma TIR real de 11%, mesmo que não consiga recontratar suas usinas térmicas do complexo do Parnaíba, mas se conseguir a TIR salta para 14%”, explica o banco. Vale lembrar que o BTG é o sócio majoritário da Eneva.

8. Mercado Livre (MELI34)

A varejista argentina também aparece na lista de ações recomendadas do BTG para abril.

Por trás da indicação, o BTG observa que as ações do Mercado Livre estão caras aos olhos do mercado, sendo negociadas a 39 vezes o lucro por ativo. Mas o Meli tira vantagem de “posicionamento competitivo exclusivo” e “forte alavancagem operacional”, o que justifica a recomendação.

“Por outro lado, o MELI teve uma queda de 7% em março, potencialmente arrastado pelo fraco
desempenho da Nasdaq no mês”, explica o BTG.

A ação do Meli entrou na lista como uma diversificação de portfólio do BTG, substituindo as ações da TIM (TIMS3).

Por fim, o BTG estima que a taxa de receita composta do Mercado Livre deve crescer a ritmo anual de 29% em dólar até 2028.

9. BRF (BRFS3)

A XP Investimentos recomenda investir nas ações da BRF (BRFS3) em abril, trocando a sugestão anterior de aposta nos papéis da JBS (JBSS3).

O que motiva a inclusão do frigorífico na carteira é a performance abaixo de pares, além do “valuation relativo atrativo” da BRF, de acordo com a XP.

A corretora também aposta em uma forte dinâmica de lucros da BRF no curto prazo para justificar a entrada no papel em abril.

Recentemente, a XP escolheu a BRF como queridinha no setor de frigoríficos, considerando que a empresa ainda deve navegar um ciclo favorável para o frango no primeiro trimestre deste ano. Por outro lado, o ciclo do boi deve dificultar as operações de JBS e Marfrig nos Estados Unidos.

O clima e a alta nos preços de ração para animais vinda do custo elevado do milho continuam sendo as principais preocupações da BRF, diz a XP. “Mas as projeções climáticas estão melhorando gradualmente enquanto as perspectivas para os preços do farelo de soja são favoráveis.”

10. BTG Pactual (BPAC11)

As ações unitárias do BTG Pactual (BPAC11) encerram a carteira recomendada entre bancos para o mês de abril. Quem sugere investir no papel do banco é a Ágora.

Na última segunda-feira (1), o JPMorgan rebaixou a recomendação para o BTG, assim como para Banco do Brasil (BBAS3).

Para a Ágora, o banco de investimento diversificou sua receita a ponto de não depender de ciclo econômicos para crescer.

“Os negócios do BTG Pactual mudaram significativamente nos últimos cinco anos, onde pudemos ver um desempenho comercial sólido e resiliente em cenários macroeconômicos diferentes e adversos”, disseram analistas.

“Notavelmente, a estrutura atual do banco permite que as receitas cresçam em cenários macroeconômicos de alta e baixa, mesmo em um ambiente de elevadas taxas de juros.”

Leia a seguir

Pular para a barra de ferramentas