Copel (CPLE6) dá passo importante para atrair investidores com foco em dividendos

Nova política de dividendos da Copel prevê distribuição de até 75% do seu lucro

Empresas citadas na reportagem:

A Copel (CPLE6), Companhia Paranaense de Energia, aprovou uma nova política de pagamento de dividendos que, segundo a empresa, proporcionará mais transparência e previsibilidade do fluxo de pagamentos de proventos aos acionistas.

O montante anual de proventos levará em conta a alavancagem financeira definida para estrutura ótima de capital da companhia, o desembolso mínimo de 75% do lucro líquido e a frequência mínima de pagamento de duas vezes ao ano.

A empresa definiu que estrutura ótima de capital considera uma alavancagem financeira de 2,8 vezes a dívida líquida sobre o Ebitda, com faixa de tolerância de 0,3 vez para mais ou para menos desde que haja convergência para o centro em até 24 meses.

Segundo a Copel, a nova política de dividendos visa reforçar uma distribuição de lucros equilibrada e sustentável, prezando pelo retorno aos acionistas, solidez financeira, atendimento às necessidades de caixa e oportunidades de investimento.

Lucro da Copel cresce no 1º trimestre de 2025

A Copel (CPLE6) registrou lucro líquido de R$ 664,7 milhões no primeiro trimestre de 2025, o que representa um crescimento de 24,6% em relação ao mesmo período de 2024. Parte do resultado foi impulsionado pelo efeito extraordinário da venda de 13 usinas de pequeno porte para a Electra.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) recorrente atingiu R$ 1,5 bilhão, alta de 13% frente ao mesmo período de 2024, refletindo o desempenho das subsidiárias Copel Geração e Transmissão e Copel Comercialização, responsáveis por 53,5% do resultado, e da Copel Distribuição, com 46,1% de participação.

A receita operacional líquida totalizou R$ 5,8 bilhões no período, crescimento de 8,8% em relação aos R$ 5,4 bilhões registrados no mesmo período de 2024.

A alavancagem da empresa apresentou melhora, fechando o trimestre em 2,3 vezes, uma redução de 0,3 ponto frente ao quatro trimestre de 2024.

No primeiro trimestre, a Copel investiu R$ 678,2 milhões, sendo 88% dedicados à área de distribuição, com foco nos programas Paraná Trifásico e Rede Elétrica Inteligente. O primeiro já concluiu mais de 21 mil quilômetros de novas redes trifásicas rurais, enquanto o segundo ultrapassou 1,2 milhão de medidores inteligentes instalados.

O CEO da empresa, Daniel Slaviero, credita os resultados ao crescimento de sua área de concessão, já que a aconomia do Paraná cresce acima da média nacional, e diz que o retorno dos investimentos serão recuperados na próxima revisão tarifária.

Em geração de energia, ele diz que a empresa nota uma recuperação dos preços, além de uma importante geração eólica, apesar dos cortes impostos pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

“Isso mostra a importância de uma empresa integrada, como a Copel, que atua em geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia. Todos os segmentos foram bem e conseguimos dar um retorno acima de dois dígitos”, explica.

Para este ano, além da execução do plano de investimentos de R$ 3 bilhões, a Copel pretende participar do leilão de Reserva de Capacidade do governo federal, cuja data ainda não foi definida.

Sobre o leilão de transmissão previsto para outubro, a companhia informou que não tem interesse em participar.

Felipe Guterres, vice-presidente de finanças e de relações com investidores, lembra que a empresa aprovou o pagamento de R$ 1,3 bilhão em dividendos adicionais na assembleia geral ordinária.

A empresa anunciou neste trimestre que exerceu o direito de compra de uma participação em uma usina da Neoenergia e revendeu a participação integral à Energo Pro, além do descruzamento de ativos com a Eletrobras. Estes resultados, porém, só devem ser contabilizados nos balanços futuros.

Com informações do Valor Econômico

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