‘Cenário é de dólar mais fraco e juros menores no Brasil’, diz estrategista de fundo de R$ 12,7 bi
Para Guilherme Martins, gestor do fundo Janeiro, dólar se mantém fraco mesmo com recuo de Donald Trump com questão das tarifas

O recuo de Donald Trump tem o potencial de acalmar temporariamente os mercados. Do ponto de vista das alocações, a decisão mantém a perspectiva de um dólar mais fraco no mundo. Assim como uma tendência de juros mais baixo do que o atualmente precificado pelos mercados para países como Brasil e México.
Esses são os cenários traçados por Guilherme Martins, estrategista chefe do fundo Janeiro, da Itaú Asset, um multimercado que nos últimos 12 meses acumula uma rentabilidade de 120% do CDI. A família de fundos Janeiro administra R$ 12,7 bilhões.
Pensando em como gastar menos para investir mais? Inscreva-se agora e tenha acesso gratuito à 'Planilha de Controle Financeiro'. É só baixar e começar!
Limite no stress
Para o especialista, ao limitar o tarifaço para todos os países, menos a China, em 10% por 90 dias, Trump mostrou que tem alguns limites em sua política de redesenho econômico.
“Finalmente apareceu uma sensibilidade do governo Trump com relação ao mercado. Esse é um aspecto que já traz um alívio grande. Não é que o governo Trump seja completamente indiferente aos mercados”, diz.
Últimas em Ações
Segundo Martins, esse limite estaria alí no ponto em que começa a falar em recessão nos Estados Unidos.
Expectativas
Para o especialista, o movimento recupera algumas das expectativas do fundo anteriores a 2 de abril, quando se anunciou o conjunto de tarifas, surpreendendo os mercados.
“O call é de um dólar mais fraco e posições (aplicadas) em juros fora dos Estados Unidos. No Brasil e no México”, afirma.