Azul (AZUL4) registra prejuízo de R$ 3,9 bilhões no 4º trimestre, apesar de receita recorde

Apesar de registrar prejuízo líquido de R$ 3,9 bilhões no quarto trimestre, a Azul celebrou receita recorde e aumento significativo no transporte de passageiros. A companhia atribui parte do prejuízo a fatores não recorrentes.

Foto: Valor Econômico
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A Azul  (AZUL4) fechou o quarto trimestre com um prejuízo líquido de R$ 3,9 bilhões, revertendo o lucro de R$ 403 milhões de um ano antes. No acumulado do ano, as perdas foram de R$ 8,2 bilhões, contra um prejuízo líquido de R$ 700 milhões em 2023.

Os valores são influenciados por fatores não recorrentes, como a forte desvalorização do real, que prejudica a última linha do balanço das aéreas – embora esse efeito negativo não tenha efeito caixa de forma imediata, uma vez que as perdas refletem, sobretudo, marcação a mercado da dívida da companhia.

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Desconsiderando efeitos não recorrentes, a empresa teve um lucro de R$ 62,4 milhões, revertendo as perdas de R$ 270,6 milhões de igual trimestre de 2023. No acumulado do ano, a perda justada foi de R$ 1 bilhão, queda de 56,3% nas perdas na comparação ao reportado em 2023 – ano em que o prejuízo ajustado superou os R$ 2,4 bilhões.

O suporte da empresa para conseguir reduzir suas perdas no ano e voltar a um lucro líquido ajustado no quarto trimestre veio da força da demanda por voos. A aérea transportou 8,1 milhões de passageiros no trimestre, alta de 12,7% na comparação anual. No ano, foram transportados 30,8 milhões de passageiros, alta de 5,4%.

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A receita líquida total no trimestre foi de R$ 5,54 bilhões, aumento de 10% na comparação anual e recorde histórico do grupo. Considerando apenas o transporte de passageiros, a receita saltou 10,3%, para R$ 5,1 bilhões.

O tráfego de passageiros (RPK, ou receita por passageiros por km) durante o trimestre aumentou 16,9%, superando a capacidade (que saltou 11%) e resultando em uma forte taxa de ocupação de 84,2%, 4,2 pontos percentuais acima do quarto trimestre de 2023.

No trimestre, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado da empresa atingiu um recorde histórico de R$ 1,9 bilhão, salto de 33% na comparação ao ano anterior e de 18% contra o trimestre imediatamente anterior. A margem Ebitda no quarto trimestre foi de 35,2%, alta de 6 pontos percentuais na comparação anual, o que seria uma das margens mais altas do mundo, segundo a empresa.

“Ao alcançar esses resultados, fortalecemos nosso balanço patrimonial e agora podemos voltar nossa atenção para a execução de nosso plano de expansão de margem e para a geração de fluxo de caixa livre positivo, à medida que continuamos a adicionar aeronaves maiores e de última geração à nossa frota”, disse John Rodgerson, CEO da Azul, em nota.

“Os resultados do ano demonstram a força e a singularidade do nosso modelo de negócios, superando inúmeros desafios que estavam fora do nosso controle. Agora que 2024 ficou para trás, eu não poderia estar mais confiante em nossa capacidade de construir uma Azul melhor, com vantagens competitivas sustentáveis de longo prazo”, disse Rodgerson.

*Com informações do Valor Econômico

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