Ações de educação: BofA prevê crescimento de empresas do setor e destaca papéis imperdíveis
- Analistas do Bank of America apontam alta para ações do setor educacional.
- Empresas do setor geram caixa após longo processo de recuperação, impulsionadas por concorrência menor, melhor relação oferta-demanda e preços mais favoráveis.
- BofA destaca Yduqs como a preferida, elevando o preço-alvo de R$ 15 para R$ 18.
- Para Ânima, o BofA prevê crescimento de 5% na captação do 1º trimestre de 2024.
- Cogna tem preço-alvo elevado para R$ 2,20, mas com recomendação neutra.
- Afya e Vitru mantiveram recomendação de compra.
- Cruzeiro do Sul e Ser Educacional também com recomendação de compra e aumento nos preços-alvo.
- Vasta Educação teve o preço-alvo aumentado, mas mantém recomendação de venda.
Empresas citadas na reportagem:
O rali das ações de educação ainda não acabou, segundo os analistas do Bank of America (BofA). Desde o início do ano, o desempenho dos papéis do setor educacional superou o Ibovespa em 35 pontos percentuais e a tendência de valorização deve continuar.
O banco explica em relatório que após um longo processo de recuperação, as empresas estão finalmente gerando caixa, em consequência de uma concorrência mais amena, com melhor relação de oferta e demanda, e uma combinação de cursos que favorece o repasse de preços e rematrícula.
Além disso, a melhoria do perfil de crédito dos alunos está favorecendo a dinâmica do capital de giro, dizem os analistas Flavio Yoshida, Mirela Oliveira e Gustavo Tiseo.
Diante desses fatores, o BofA tem a Yduqs (YDUQ3) como a preferida do setor, ao apresentar espaço para valorização com tendências positivas. O banco manteve sua indicação de compra para os papéis e elevou o preço-alvo de R$ 15 para R$ 18.
A estimativa é de um rendimento de 12% do fluxo de caixa ao acionista (dividendos), com gatilhos positivos de uma combinação de receitas mais favorável, à medida que cursos híbridos ganham participação nas modalidades de ensino a distância
Para a Ânima (ANIM3), o BofA acredita que a retomada do crescimento do segmento “core” será o principal fator impulsionador para a empresa, permitindo que a ”desalavancagem’ (redução no endividamento) continue, mesmo com oportunidades de corte de custos limitadas.
Os analistas projetam crescimento de 5% na captação do primeiro trimestre em relação ao mesmo período de 2024, apoiado pelo cenário mais favorável para cursos presenciais.
“Embora o ambiente de juros elevados seja um fator negativo, acreditamos que isso será parcialmente compensado pela redução do ‘spread’ da dívida”, comentam, em relatório.
O banco manteve sua indicação de compra para Ânima, com preço-alvo de R$ 3,50.
Já o preço-alvo para Cogna (COGN3) foi elevado, de R$ 1,90 para R$ 2,20, mantendo a recomendação neutra. O banco enxerga um potencial limitado para valorização adicional no nível atual de avaliação, uma vez que os analistas têm visibilidade limitada sobre o principal gatilho operacional, na unidade Vasta B2G.
O BofA manteve suas indicações de compra para Afya (AFYA) e Vitru (VRU3), com preço-alvo de US$ 24 e R$ 12, respectivamente. O preço-alvo da Cruzeiro do Sul foi de R$ 5,50 para R$ 5, com indicação de compra
Para a Ser Educacional (SEER3), a indicação de compra permaneceu, com aumento do preço-alvo de R$ 7 para R$ 8.
Por fim, o banco aumentou o preço-alvo para Vasta Educação (VSTA), de R$ 2 para R$ 2,20, reiterando indicação de venda.
Com informações do Valor Econômico
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