À espera de decisões sobre guerra de tarifas, Ibovespa e bolsas de NY abrem pregão em alta; real ganha força

- Ibovespa abre em alta (1,42%) impulsionado pela valorização de ações da Petrobras e Vale.
- Recuperação nos preços do petróleo e movimento global positivo contribuem para o cenário.
- Dólar cai frente ao real (0,53%), enquanto índices de Nova York também registram alta expressiva.
- Expectativas de negociações entre EUA e outros países antes da aplicação de tarifas influenciam o mercado.
- Volatilidade e alto volume financeiro são esperados para o pregão.
Empresas citadas na reportagem:
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A recuperação registrada nos mercados acionários ao redor do mundo alimenta uma abertura positiva para o Ibovespa.
A valorização das ações da Petrobras dá fôlego ao índice, após o tombo dos papéis registrado na véspera. O movimento ocorre em linha com a recuperação nos preços do petróleo.
Da mesma forma, os papéis da Vale avançam na sessão, na contramão do recuo dos preços do minério de ferro em Dalian. O pregão promete ser de forte volatilidade e de grande volume financeiro negociado.
Por volta das 10h30, o Ibovespa disparava 1,42%, aos 127.364 pontos. O volume financeiro projetado para o índice é de R$ 32,4 bilhões, mantendo o ritmo mais elevado visto nos últimos dias.
Já os papéis ON da Petrobras tinham alta de 1,29%, enquanto as ON da Vale registravam ganhos de 0,77%.
Abertura do pregão nos EUA
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Após expressivas perdas causadas pela política comercial dos Estados Unidos e pelo temor de desaceleração econômica global, os principais índices acionários de Nova York abrem o pregão desta terça-feira em forte alta.
Há uma sensação no mercado de avanço nas negociações entre os EUA e outros países antes da aplicação das tarifas “recíprocas” do presidente americano, Donald Trump, que está prevista para amanhã.
Perto da abertura dos negócios, o índice Dow Jones tinha alta de 3,55%, aos 39.311,90 pontos, enquanto o S&P 500 avançava 3,32%, aos 5.230,15 pontos, e o Nasdaq registrava valorização de 3,73%, aos 16.185,81 pontos.
Dólar em queda frente ao real
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A valorização mais firme do dólar observada nos últimos dias não se sustenta nesta manhã e a moeda americana abre o dia em queda na maioria dos mercados mais líquidos acompanhados pelo Valor, incluindo frente ao real.
Os agentes financeiros podem estar tateando até onde vai a escalada da crise comercial, ainda que o movimento desta manhã possa ser um leve ajuste antes da valorização do dólar se estender por mais dias, avalia um gestor de moedas, na condição de anonimato.
Perto das 9h20, o dólar à vista recuava 0,53%, cotado a R$ 5,8798, enquanto o euro recuava 0,19%, a R$ 6,4384.
No exterior, o dólar também caía 0,72% ante o peso mexicano e 1,01% contra o rand sul-africano. Já o índice DXY exibia depreciação de 0,22%, aos 103,031 pontos.
Análise do cenário atual nos mercados
O “cabo de guerra” tarifário travado entre China e Estados Unidos continua no foco do mercado. Na véspera, o presidente americano, Donald Trump, afirmou que o gigante asiático terá até as 13h (horário de Brasília) desta terça-feira para recuar da decisão de impor tarifas de 34% sobre produtos dos EUA em resposta ao “tarifaço” do líder republicano.
O Ministério do Comércio chinês disse que não irá recuar e prometeu contramedidas, caso os EUA prossigam com a escalada de tarifas. Ontem, os EUA anunciaram que o secretário do Tesouro, Scott Bessent, vai liderar as negociações de tarifas com o Japão.
Já na cena corporativa, analistas do Citi cortaram a recomendação de Magazine Luiza de neutra para venda. O banco também reduziu o preço-alvo da ação, de R$ 8 para R$ 7,70. No horário acima, as ações da companhia caíam 0,20%.
*Com informações do Valor Econômico
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