Diversificação

Diversificar é ter uma boa quantidade de ativos em carteira. Mas quanto? Não há um número redondo, mas os especialistas em finanças pessoais falam em algo entre 10 e 15 ativos.
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Achou muita coisa? Sim, é. Mas veja: o mercado financeiro brasileiro é um rico produtor de ativos. Por aqui, temos: ações, fundos de ações, fundos de investimento em imóveis, FIDCs (fundos de investimento em direitos creditórios), fundos DI, BDRs, ADRs, ETFs (fundos de índices), derivativos, câmbio, fundos de previdência, Títulos Públicos, CDB, LCA, LCI, CRI, debêntures, multimercados… Por isso, muitos consultores ouvidos pela IF são claros: o ideal é que, uma carteira bem diversificada tenha pelo menos os tais 10 ativos. Quais? Aí fica a seu critério. Mas é possível variar seus investimentos por tipos de ativos. Também é importante ficar atento se você está investindo em ações de empresas de setores diferentes, por exemplo. Ou ainda em investimentos com riscos opostos, que pertençam a mercados que não tenham qualquer relação.

Fácil não é, mas temos que fazer.

A diversificação da sua carteira pode não ser fácil de fazer. Leva tempo para você conhecer tudo ou boa parte do que o mercado financeiro oferece. Depois disso, você vai precisar fazer um esforço pessoal para entender o tipo de investidor você é. Há ainda a questão do tempo: quanto tempo você pretende deixar o dinheiro aplicado? Sem falar do risco: quanto você topa perder de dinheiro sem perder o sono? Lembrando que quanto maior o retorno, maior é o risco. É difícil, um pouco chato até. Mas não é nada que você não consiga ou não possa fazer. 

diversificação

Por onde começar? 

Tendo entendido seu perfil, o prazo determinado para deixar o dinheiro quietinho, nível de risco que te deixe em paz, é hora de ir para o mercado financeiro. Os ativos são separados em grupos, as chamadas classes de ativos. Há alguma divergência no mercado financeiro sobre como agrupar os ativos. Mas, de um modo geral, podemos dizer o seguinte: a renda fixa é uma dessas classes, com produtos como CDB e Tesouro Direto. Há também a renda variável, com produtos como as ações. Há também os ativos ligados ao mercado imobiliário (fundos imobiliários). Moedas são um capítulo à parte e, portanto, estão numa classe separada. Outro grupo que você deve conhecer para fazer sua escolha é o das commodities, com itens como os minerais, gado, grãos. E há ainda os derivativos, outra classe bastante usada pelos investidores.  

Por que diversificar? 

A diversificação existe por um motivo simples: para você reduzir as possíveis perdas que acontecerão ao longo do caminho, principalmente se você é alguém que aplique pensando no longo prazo (algo como 10, 15 anos ou mais).  

Diversificar, fazendo o que a cartilha prega, é garantia de que você terá um portfólio vencedor? Não e sim. Não, porque nada no universo dos investimentos é garantido. Você pode ter feito tudo certinho e daqui a um ano uma regra nova ou uma nova taxa mude todo o conceito com o qual você estava de acordo até então. Daí vem a importância do segundo passo que é avaliar sua carteira de tempos em tempos. Precisa fazer isso todos os dias? Não. Mas é bom reavaliar os resultados uma vez por mês ou até num período mais espaçado, principalmente se você estiver lidando com investimentos de longo prazo. 

O “sim” para a pergunta de que diversificar é uma garantia de que aí você terá uma carteira vencedora vem do fato de que a diversificação é o que ajuda você a fazer com que erros no meio do percurso revertam. O que você perde aqui, pode continuar ganhando ali. Novamente: isso faz mais sentido ainda para carteiras de longo prazo. 


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